Dois policiais civis abandonam a carreira por dia, em média, no estado de São Paulo desde 2018, aponta levantamento realizado pela Associação dos Delegados de
Redação Publicado em 11/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h30
Dois policiais civis abandonam a carreira por dia, em média, no estado de São Paulo desde 2018, aponta levantamento realizado pela Associação dos Delegados de Polícia do estado (Adpesp).
A Polícia Civil de São Paulo enfrenta uma crise institucional por falta de infraestrutura, protestos por melhores condições de trabalho e déficit salarial.
Em dezembro de 2018, a Polícia Civil contava com 29.717 policiais na ativa; já em setembro de 2021, eram 27.524 policiais – uma redução de 2.193 agentes, segundo a associação.
Atualmente, o déficit total é de 15 mil no efetivo do estado, segundo dados da associação obtidos com base em números oficiais via Lei de Acesso à Informação (LAI).
Para a associação de delegados, a queda no número do efetivo da corporação no período contraria uma das promessas de campanha do governador do estado, João Doria (PSDB), que se comprometeu a investir na recomposição da categoria ao assumir o cargo em janeiro de 2019.
A Polícia Civil refutou, porém, em nota ao g1SP, o déficit na categoria, afirmando que “o número apontado não tem qualquer lastro com a realidade, assim como as afirmações sobre a falta de contratações e novos concursos”. Segundo a polícia, a gestão do governador João Doria (PSDB) contratou 2.200 policiais civis, incluindo remanescentes do concurso de 2017. (leia, mais abaixo, a íntegra da nota enviada pela Secretaria de Segurança Pública)
A associação dos delegados entende, porém, que a Polícia Civil estadual “encolheu”: entre 2015 e 2021, ao todo, mais de 10,8 mil agentes deixaram a instituição – e 7 mil foram contratados após formação na academia.
“Sem um planejamento estruturado e factível para recomposição do déficit e valorização dos policiais, o estado está enxugando gelo. Permanecemos formando bons profissionais e perdendo-os para os outros Estados, que remuneram melhor”, entende o presidente da Adpesp, delegado Gustavo Mesquita Galvão Bueno.
Para ele, muitos agentes prestam concursos e acabam se mudando para outros estados devido aos baixos salários pagos em São Paulo e à falta de estrutura para trabalho nas delegacias.
“A Polícia Civil não comenta levantamentos cuja metodologia desconhece. Em relação ao déficit, no entanto, ressalta que o número apontado não tem qualquer lastro com a realidade, assim como as afirmações sobre a falta de contratações e novos concursos. Desde o início da atual gestão, em 2019, mais de 2.200 policiais civis, incluindo remanescentes do concurso de 2017, foram contratados. Outros 2.939 profissionais da segurança pública, sendo 2.750 para a Polícia Civil e 189 para a Polícia Técnico-Científica tiveram suas contratações autorizadas por meio de concurso público, no último mês de outubro. Paralelamente à política de recomposição dos efetivos, o Governo do Estado tem investido na modernização dos equipamentos e armamentos da Polícia Civil. Neste período foram adquiridas mais de 15 mil novas armas, entre pistolas e carabinas, 4.455 novos coletes balísticos, e mil novas viaturas, sendo 105 delas blindadas. Outras 1.600 viaturas estão em processo de compra, com previsão de entrega para 2022.”
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