O orçamento do Atlético-MG para 2021 prevê R$ 30 milhões em pagamentos a clubes do exterior, em dívidas protestadas na Fifa. E já foi batido pelo clube em
Redação Publicado em 10/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h41
O orçamento do Atlético-MG para 2021 prevê R$ 30 milhões em pagamentos a clubes do exterior, em dívidas protestadas na Fifa. E já foi batido pelo clube em menos de cinco meses. Mais recentemente, o Galo quitou R$ 10 milhões com o Sevilla referentes ao empréstimo de Guilherme Arana, além de R$ 5,8 milhões ao Rentistas, do Uruguai, pela compra de David Terans, hoje no Peñarol.
Foram, portanto, quase R$ 16 milhões quitados recentemente, com a ajuda de investidores/mecenas que formam o órgão colegiado presente na administração do Atlético. Outros R$ 17 milhões, de acordo com o diretor financeiro Paulo Braz, já haviam sido pagos no início do ano. Um total de 2021 em R$ 32,8 milhões. Foram resolvidas questões com a Udinese – Maicosuel e Douglas Santos -, além de Vélez (Lucas Pratto). De 2018 a 2021, foram R$ 120 milhões pagos (veja abaixo).
A questão envolvendo David Terans e o Rentistas estava já sem chance de adiamento. No início de abril, o Galo perdeu recurso movido no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS/CAS), em segunda instância. A ordem era de pagamento em 45 dias de quase US$ 830 mil, sob pena. A penalidade impediria o Atlético de registrar novos jogadores no BID da CBF pelo período de até duas janelas internacionais consecutivas.
Durante o Galo Business Day, evento promovido pelo clube para discutir situações financeiras, o vice-presidente José Murilo Procópio trouxe o quadro de dívidas do Atlético na Fifa.
– Eu fui surpreendido pelo passivo existente perante a Fifa. Já pagamos uma parte. Teremos problemas de pagamento lá para maio, para junho. São dívidas que não podem ser postergadas, ou negociadas. São terminativas. O Atlético já está estruturado para que essas dívidas na Fifa sejam pagas. Esse ano já pagamos R$ 14 milhões (foram R$ 17 milhões). Vamos encontrar soluções para liquidar até o fim do ano, com certeza.
O técnico venezuelano, demitido em fevereiro, entrou na Fifa cobrando R$ 3,2 milhões do Atlético por salários não pagos e multa pela rescisão contratual. Ainda não houve decisão em primeira instância.
Talvez a cobrança mais salgada contra o Atlético. Yimmi Chará foi comprado por 6 milhões de dólares, dos quais 50% vieram do banqueiro Ricardo Guimarães – ex-presidente do Galo. Os outros 3 milhões de dólares não foram pagos. Além disso, o Barranquilla entrou com ação cobrando 30% da venda de Chará ao Portland Timbers.
O Atlético negociou o atacante colombiano no fim de 2019 ao futebol dos Estados Unidos igualmente por 6 milhões de dólares, sendo que apenas a primeira parcela de 4 milhões foi paga (falta 1 milhão em 2021 e 1 milhão em 2022). O Barranquilla venceu na Fifa o pedido de 30% sobre os 4 milhões – 1,2 milhão de dólares. No total, portanto, são 4,2 milhões de dólares (R$ 22 milhões) cobrados. Houve audiência no TAS em 30 de novembro.
Em julho, o TAS teve audiência entre Osmalispor, Patric e Atlético. O caso envolve um suposto pré-contrato feito entre o lateral e o clube turco em 2015, mas que não foi validado, pois o Galo chegou a acusar o Osmanlispor de aliciamento. Os turcos entraram na Fifa e tiveram sentença favorável, na qual devem receber 180 mil dólares do jogador. O Atlético é réu solidário no caso.
Atlético e Huachipato resolveram uma questão na Fifa, quando o clube mineiro quitou dívida referente à compra do venezuelano. Entretanto, os chilenos moveram outra ação alegando serem detentores de 50% do benefício que o Galo teve ao emprestar o jogador ao mundo árabe por 5 milhões de euros. A Fifa deu “ganho de causa” ao Atlético, não concordando com a cobrança. A situação é tida como resolvida no clube brasileiro, mas o Huachipato moveu recurso no TAS, e houve audiência em 4 de dezembro.
Situação parecida. O Atlético comprou o jovem meia-atacante Dylan Borrero por 1 milhão de dólares, mas ainda deve 645 mil dólares (R$ 3,3 milhões), e a Fifa já determinou o pagamento num prazo de 45 dias, sob o risco de o Galo ficar impedido de contratar jogadores em janelas internacionais. A decisão aconteceu em outubro, e o Atlético pode recorrer ao TAS, o que “congela” o prazo de pagamento até decisão em segunda instância.
A mais recente cobrança na Fifa contra o Atlético é do clube cipriota Apollon Limassol, o qual requer pagamento de “compensação por treinamento” do Galo envolvendo o volante Allan. A Fifa condenou o clube brasileiro em US$ 41,6 mil (R$ 229,3 mil atuais), em agosto de 2020. Cabe recurso no TAS.
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Fonte: Ge – Globo Esporte.
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