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DIU no SUS: 5 passos para conseguir colocar o dispositivo de graça

O dispositivo intrauterino (DIU) é um dos métodos disponíveis de graça no Brasil, com eficácia superior a 99%. Segundo médicos ouvidos pelo G1, a segurança do

DIU no SUS: 5 passos para conseguir colocar o dispositivo de graça
DIU no SUS: 5 passos para conseguir colocar o dispositivo de graça

Redação Publicado em 26/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 16h10


O DIU de cobre está disponível no Sistema Único de Saúde. G1 mostra passo a passo para conseguir colocar o dispositivo contraceptivo disponível nas Unidades Básicas de Saúde e hospitais públicos.

O dispositivo intrauterino (DIU) é um dos métodos disponíveis de graça no Brasil, com eficácia superior a 99%. Segundo médicos ouvidos pelo G1, a segurança do método é similar a de uma laqueadura. No Sistema Único de Saúde (SUS), os médicos implementam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em hospitais públicos, sem nenhum tipo de custo.

Por onde começar?

G1 entrevistou médicos e montou um passo a passo para conseguir colocar o DIU no SUS:

1. Encontrar a UBS, ou hospital público, e tentar ir até o local:

O DIU de cobre é um método contraceptivo não-hormonal. Ele é disponibilizado em Unidades Básicas de Saúde e hospitais com atendimento ginecológico. Pode ser colocado desde a adolescência até a menopausa. É importante pesquisar na internet a UBS mais próxima da sua casa e ligar para descobrir se o procedimento está disponível.

2. Participar do grupo de planejamento

Conseguindo encontrar uma unidade mais próxima que coloca o dispositivo, o paciente precisa ir até o local. Os médicos recomendam a participação de um grupo de planejamento familiar. Ele não é obrigatório, mas é importante para conhecer todos os métodos anticoncepcionais disponíveis e entender se o perfil condiz com o DIU, por exemplo.

“A gente imagina que conhece os métodos, mas a gente não conhece. Existem muitos mitos, fantasias relacionadas a vários métodos anticoncepcionais. Então é importante a paciente ouvir e poder avaliar qual é a melhor opção para o momento de vida dela”, disse a ginecologista Cristina Guazzeli.

Esses grupos são compostos por médicos, assistentes sociais, enfermeiras e psicólogos.

3. Marcar a consulta

Se a pessoa passou pelo grupo, será encaminhada para uma consulta com o médico ginecologista disponível no local. Se não teve interesse em participar, a marcação poderá ocorrer pessoalmente na UBS ou hospital.

Há, ainda, uma segunda opção para marcação de consultas em algumas cidades do Brasil. De acordo com o médico Rogerio Antonio Veronesi, ginecologista que trabalha em um hospital na Vila Guilherme, Zona Norte de São Paulo, há também o aplicativo “Agenda Fácil” na capital paulista – onde os moradores da cidade conseguem agendar as melhores datas para ir ao médico. Outras cidades brasileiras também disponibilizam uma opção de aplicativo para marcar consultas pelo SUS pelo celular.

4. Realizar – ou levar – o exame preventivo

De acordo com Veronesi, o médico faz uma avaliação ginecológica para ver se existe realmente a propriedade física para a paciente colocar o DIU.

“Vemos se a paciente não tem uma malformação uterina importante, se ela não tem alergia ao produto ativo, no caso da rede pública usamos o DIU com cobre”, explicou.

“Se não tiver nenhuma contraindicação o médico prepara a mulher e pede os exames pertinentes, no caso a avaliação do ambiente vaginal. Você faz o papanicolau, e a pessoa estando apta pode agendar a colocação”.

De acordo com os médicos, se a paciente tiver um exame papanicolau feito em menos de um ano, pode ser o suficiente para marcar a inserção do DIU.

5. Colocar o DIU e voltar para uma checagem da situação

O próprio médico ginecologista agenda uma data para colocar o dispositivo. De acordo com Guazzeli, o ideal é colocar quando a paciente está menstruada:

“Existe um momento para ela colocar o DIU? Ele pode ser inserido em qualquer momento do ciclo, mas com a certeza de que a mulher não está grávida. Vários lugares optam por colocar quando a paciente está menstruada. Por que? Porque eu já sei que ela não está esperando um bebê”.

Depois de mais ou menos um mês, a paciente precisa retornar para ver se o corpo se adaptou corretamente ao DIU. No SUS, eles têm duração de três, cinco ou dez anos.

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