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Diretor de secretaria que fez “dossiê antifascista” é demitido por ministro

Na esteira da denúncia de que a Secretaria de Operações Integradas (Seopi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), promoveu o monitoramento de

Diretor de secretaria que fez “dossiê antifascista” é demitido por ministro
Diretor de secretaria que fez “dossiê antifascista” é demitido por ministro

Redação Publicado em 04/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h22


Também nesta segunda-feira (4), a Corregedoria-Geral do Ministério da Justiça e Segurança Pública instaurou sindicância investigativa para apurar relatório

Na esteira da denúncia de que a Secretaria de Operações Integradas (Seopi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), promoveu o monitoramento de 579 opositores do governo do presidente Jair Bolsonaro , o ministro André Mendonça anunciou nesta segunda-feira (3) que decidiu substituir o chefe da Diretoria de Inteligência da pasta, Gilson Libório. Também nesta segunda, a Corregedoria-Geral do MJSP instaurou sindicância investigativa para apurar o relatório, revelado há dez dias pelo UOL. O nome do seu substituto ainda não foi definido.

“A Comissão foi designada através da Portaria COGER nº 158/2020 e é composta por um delegado de Polícia Federal, integrante da Corregedoria-Geral do MJSP; um Procurador da Fazenda Nacional e um Auditor Federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União. Como medida considerada adequada à realização dos trabalhos da Comissão, o ministro decidiu pela substituição da chefia da Diretoria de Inteligência da SEOPI”, informou o ministério em nota divulgada nesta noite.

A pasta apontou ainda que Mendonça está à disposição para prestar esclarecimentos à Comissão Mista de Investigação da Atividade de Inteligência, do Congresso, e aguarda apenas a definição da data.

Na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento preliminar para buscar informações sobre o monitoramento. Em ofício ao governo federal, o procurador regional dos Direitos do Cidadão Enrico Rodrigues de Freitas, que atua no Rio Grande do Sul, deu prazo de dez dias para que sejam fornecidas informações como a base legal que justificou a apuração, a indicação do objeto do relatório de inteligência e a motivação de sua instauração.

Agência O Globo

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