A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) investiga e está a procura de outros suspeitos de terem participado do ataque a dois carros-fortes dentro do hipermercado Walmart, em São José do Rio Preto (SP), na quinta-feira (22). Nesta sexta-feira (23), o delegado José Augusto Fernandes, da DIG, disse que pelo menos mais um criminoso participou do assalto e já foi identificado. “Já pedimos prisão temporária. Estamos todos a procura dele”.
No hipermercado, dois criminosos foram mortos durante a troca de tiros com a polícia e dois policiais foram baleados sem gravidade. Um rapaz, que tentou se passar por cliente, foi preso. À noite, outro suspeito foi morto durante confronto com a Polícia Militar, no bairro Setsul, e outro suspeito preso.
Segundo a polícia, esse preso disse que foi contratado pelos assaltantes para ficar do lado de fora do hipermercado e avisar caso a polícia chegasse. Várias armas foram apreendidas, entre elas um fuzil. A maior parte da quadrilha era de São Paulo, de acordo com a polícia.
O delegado diz que os suspeitos identificados não estavam de saidinha temporária. Os dois presos estão no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto.
Entenda o caso
Segundo a PM, seis criminosos fortemente armados atacaram dois carros-fortes dentro do estacionamento do Walmart. Os assaltantes fizeram clientes reféns, que só foram liberados quase três horas depois. Dois ladrões morreram no tiroteio, um foi preso e dois policiais tiveram ferimentos leves.
“Um dos suspeitos preso foi identificado como morador de Rio Preto. Temos informações de que outros dois criminosos fugiram em direção à capital. A grande maioria dos assaltantes seria de São Paulo e veio cometer os crimes na região. As buscas continuam concentradas na cidade e toda a polícia está mobilizada para localizar os criminosos que ainda permanecem na região”, afirma a comandante da Polícia Militar, Helena Santos.
criminosos (Foto: Divulgação / Polícia Militar)
A polícia acredita que o crime de Rio Preto possa ter alguma ligação com o assalto a uma agência bancária na madrugada desta quinta-feira, em Palestina (SP). Na ação, os criminosos invadiram uma festa e usaram os convidados como escudo humano. A polícia abriu uma linha de investigação devido à semelhança entre as duas ações. A comandante da PM diz ainda que nenhum dos suspeitos presos estava sob o benefício do indulto de Natal.
Após a liberação dos reféns, alguns passaram mal. Todos receberam atendimento médico, mas ninguém ficou ferido.
Pânico generalizado
Por causa da ação criminosa, moradores começaram a receber mensagens em grupos de WhatsApp relatando uma onda de assaltos em vários locais da cidade. Cerca de 70% das lojas do Calçadão fecharam devido ao pânico.
A polícia não confirma nenhum desses assaltos e afirma que a ação no hipermercado foi um caso isolado. “Não existem motivos para pânico, não devendo a comunidade acreditar em difusão de notícia falsa veiculada pelas redes sociais, devendo manter rotina normal nas atividades comerciais e pessoais”, diz a Polícia Civil em nota.
A assessoria de imprensa do hipermercado Walmart enviou uma nota em que confirma a tentativa de assalto ao carro-forte no estacionamento da loja e que colabora com a polícia nas investigações e que vai reforçar a segurança na unidade, além de prestar apoio emocional aos funcionários.