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Diário do Verdão – Goleiro seguro e ataque orquestrado: como o Palmeiras bateu o Vitória

Escolhido para assumir a vaga de goleiro titular do Palmeiras após três jogos sem vitória da equipe, todos com Vagner na meta, Jailson precisou de seis

Diário do Verdão – Goleiro seguro e ataque orquestrado: como o Palmeiras bateu o Vitória
Diário do Verdão – Goleiro seguro e ataque orquestrado: como o Palmeiras bateu o Vitória

Redação Publicado em 08/08/2016, às 00h00 - Atualizado às 08h29


Jailson se afirma como substituto de Fernando Prass em primeira chance com Cuca. Cleiton Xavier volta a organizar Verdão, que faz valer melhor ataque do Brasileiro

Escolhido para assumir a vaga de goleiro titular do Palmeiras após três jogos sem vitória da equipe, todos com Vagner na meta, Jailson precisou de seis minutos para ganhar a confiança do torcedor, do time, e tirar de si toda pressão no confronto contra o Vitória, domingo passado, na arena, pelo Campeonato Brasileiro. A defesa em chute de Kieza, cara a cara, fez a arena alviverde pulsar além do normal. E deu total segurança ao Verdão, que venceu por 2 a 1 e retomou a liderança da competição.

Sem Fernando Prass, que operou o cotovelo direito e está fora por tempo indeterminado, o Palmeiras precisava desse respaldo debaixo das traves para encerrar o jejum e voltar à liderança, após perdê-la por duas rodadas.

No único gol sofrido pelo Verdão, Jailson não teve qualquer culpa – foi traído por falha de cobertura de Tchê Tchê e infelicidade de Thiago Martins, que tocou contra o próprio patrimônio.

À atuação segura do goleiro, somam-se um time bem orquestrado por Cleiton Xavier, que voltou a se afirmar como o autêntico camisa 10 que Cuca espera, e um ataque criativo. O Verdão perdeu muitas oportunidades para matar o jogo, é verdade, mas as 17 finalizações deixam claro:o Palmeiras incomodou o adversário durante toda a partida.

Com o psicológico em ordem, o time não se deixou abalar pelo pênalti desperdiçado por Jean, aos 31 do primeiro tempo, nem pela saída precoce de Leandro Pereira, após torção no joelho esquerdo. Cinco minutos após a penalidade, o substituto no ataque, Lucas Barrios, abriu o placar.

Mais dinâmico, o Palmeiras restabeleceu fundamentos que não vinha aproveitando nas últimas partidas. Marcação sob pressão, trocas de posição entre Tchê Tchê e Jean, movimentação no ataque… Com Barrios, a equipe ganhou força no pivô e bagunçou a zaga do Vitória. E fez valer omelhor ataque do Brasileirão: 35 gols em 19 jogos.

Primeiro Leandro Pereira, depois Barrios, e Dudu fundamental: Palmeiras soube controlar ataque (Foto: Arte)Primeiro Leandro Pereira, depois Barrios, e Dudu fundamental: Palmeiras soube controlar ataque

Com a faixa de capitão, Dudu também teve participação fundamental no resultado. Foi o responsável por cruzamento perfeito para Cleiton Xavier, que fez o segundo gol palmeirense de cabeça. E ainda criou pelo menos mais três ótimas chances, com Erik e, posteriormente, Allione.

O Verdão soube prender a bola no setor ofensivo quando necessário. Dudu e Erik foram os mais caçados da equipe, com quatro faltas sofridas cada um. Dudu também ajudou a distribuir o jogo e foi o vice-líder em passes certos, com 32, atrás apenas de Moisés, que acumulou 34.

É verdade que a equipe sofreu um sufoco desnecessário no fim, após o gol contra de Thiago Martins.

O Verdão sentiu o ritmo intenso e passou a errar na saída de bola e quase se complicou. Um chute de Euller foi o momento de maior apreensão nos 15 minutos finais.

Independentemente de conquistar o título simbólico do primeiro turno, o Palmeiras provou a si mesmo e aos adversários que pode encontrar formas de manter o alto nível sem Fernando Prass e, por enquanto, sem Gabriel Jesus, que se mantém como artilheiro do Brasileirão, com 10 gols. O Verdão fechará a metade inicial do torneio na liderança caso o Corinthians não vença o Cruzeiro nesta segunda, no Pacaembu, por três ou mais gols de diferença.

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