André Jardine deu cara nova ao time e escalou o São Paulo no 4-1-4-1 para enfrentar o Santa Cruz

O São Paulo finalmente se reencontrou com a vitória. Logo na estreia de André Jardine como técnico interino, a equipe do Morumbi precisou mudar sua formação para colocar fim à série de cinco jogos sem triunfo: 2 a 1 sobre o Santa Cruz, no Arruda. Resultado que dá fôlego à equipe para o segundo turno do Campeonato Brasileiro.

Mesmo com apenas dois dias de trabalho, o novo técnico deu sua cara ao time. Jardine adotou o esquema com o qual conquistou quatro títulos nos últimos dois anos à frente do sub-20 do Tricolor. Antes escalado no 4-2-3-1, o Tricolor entrou em campo no 4-1-4-1.

A nova configuração alterou a posição de Cueva, por exemplo. O peruano passou a jogar pela esquerda. A linha de quatro no meio ainda era formada por Kelvin (na direita), Hudson e Thiago Mendes. João Schmidt era o jogador mais recuado.

A ideia era abusar das triangulações. Os quatro jogadores escalados na mesma linha se dividiam. Hudson se aproximava de Kelvin e aproveitava as descidas de Buffarini. O desempenho era parecido na esquerda, com Thiago Mendes, Cueva e Mena.

Jogada do primeiro gol do São Paulo mostra bem a triangulação pedida por Jardine pelos lados do campo

Na formação adotada, dois jogadores ainda eram fundamentais. João Schmidt ficou isolado em uma das linhas, como o volante mais recuado, responsável por proteger a zaga e dar qualidade à saída de bola. Lá na frente, as triangulações pelos lados tinham o objetivo de chegar a Chavez, que precisava acertar o pé para seguir balançando as redes.

Quando o São Paulo conseguiu colocar as ideias em prática, chegou ao gol. Aos 38 do primeiro tempo, Cueva fez o passe para Mena, que cruzou na medida para Chavez desviar de cabeça, sem dar chance a Tiago Cardoso.

Pressionado pela torcida, Milton Mendes mudou o Santa Cruz no intervalo, colocando Arthur em campo. Com mais um atacante, o time pernambucano começou a incomodar o São Paulo, principalmente pelos lados. Keno pela esquerda e Arthur pela direita deixavam Mena e Buffarini mais preocupados com a marcação do que com o apoio.

A equipe coral dominou o início do segundo tempo, mas, justamente quando era melhor, levou o segundo gol. O São Paulo encaixou o contra-ataque e ampliou a vantagem. Kelvin deixou Cueva na cara do goleiro, o peruano rolou para o meio e viu Chavez se enroscar com a zaga até conseguir colocar no fundo das redes.

Em jogada semelhante, poucos minutos depois, o Tricolor teve a chance de definir a partida. Cueva saiu mais uma vez na cara de Tiago Cardoso. Desta vez, porém, não tinha para quem tocar, chutou rasteiro e viu o adversário fazer grande defesa.

Logo após o lance, Cueva deu lugar a Luiz Araújo. O garoto teria a mesma função do peruano, pela esquerda do ataque, mas acabou sendo protagonista na defesa. Ao tentar ajudar na marcação, fez pênalti sobre Arthur. A sorte do Tricolor é que Denis acertou o canto e manteve o jejum de gols de Grafite, que não marca há cinco jogos.

Na sequência, Keno ainda descontou para o Santa, com belo chute colocado de perna esquerda. Depois disso, pressionou o São Paulo, jogou bola na área, mas não conseguiu criar chances claras para empatar.