Muito irregular no segundo semestre após as várias saídas de jogadores, o Corinthians piorou ainda mais ao jogar sem Rodriguinho e Giovanni Augusto, suspensos, na derrota por 2 a 0 para o Botafogo, no Rio. no último sábado.
Resquício de talento do time, a dupla fez falta e foi muito mal substituída por Willians, em péssimo ano, e Marciel, na primeira chance do garoto no time alvinegro desde que retornou de período de inútil empréstimo ao Cruzeiro, onde quase não pôde atuar.
No habitual 4-1-4-1, Willians assumiu a função de primeiro volante e liberou Camacho para a segunda linha de quatro, atuando na criação ao lado de Marciel. Retraído, o Timão esperou as ações do bom Botafogo que, no 4-2-3-1,chegou a ter 73% de posse de bola nos primeiros 20 minutos de jogo. Um time atacando e outro à espera de um contra-ataque.
Aos 23, Yago não conseguiu afastar passe para Neílton, que tabelou com Vinicius Tranque (impedido) e abriu o marcador. O lance, irregular, despertou o Timão para o jogo…
Em desvantagem, o Corinthians deixou a estratégia reativa para trás e tentou, enfim, jogar. Sem firmeza defensiva, porém, levou o segundo gol pouco depois. Após bola lançada pela defesa, Fagner tentou inexplicavelmente tirar a bola de calcanhar e a entregou a Diogo Barbosa, que contou com um toque no braço para ajeitar e chutar no ângulo de Walter. Balde de água fria.
O Timão ganhou mais presença no ataque após as mudanças. Em cruzamento de Marlone aos 9 minutos, a bola bateu no braço de Emerson Santos e a arbitragem assinalou pênalti polêmico. Discussão em vão, já que Marquinhos Gabriel cobrou no canto direito baixo e Sidão defendeu com eficiência.
Sem Guilherme, machucado há um longo tempo, e nenhum meia de talento no banco, o Timão passou ao 4-1-1-4 com esquema DDD (desanimado, desesperado e desorganizado).
Pouco criativo, o Alvinegro limitou-se a lançar bolas para a área em chegadas dos laterais ou jogadas de fundo de Lucca ou Marlone. Irritados, os jogadores se estranharam várias vezes com botafoguenses. Gustavo, na área, não exerceu bem o pivô. E os minutos passaram…
Resultado: cinco jogos sem vitória no Brasileirão (quatro derrotas e um empate), jejum de dois meses sem vencer longe de Itaquera, clima instável para Fábio Carille e aumento da distância para o G-4 (agora sete pontos). O Brasileirão se arrasta para o corintiano.