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Diário do Timão – Análise: 2 a 0 foi pouco na despedida de Cristóvão Borges do Corinthians

A derrota por 2 a 0 para o Palmeiras foi até pequena para o Corinthians no último ato de Cristóvão Borges. Não fosse Cássio, o Timão teria perdido por um

Diário do Timão – Análise: 2 a 0 foi pouco na despedida de Cristóvão Borges do Corinthians
Diário do Timão – Análise: 2 a 0 foi pouco na despedida de Cristóvão Borges do Corinthians

Redação Publicado em 18/09/2016, às 00h00 - Atualizado às 20h13


Timão repetiu erros e dificuldades da curta trajetória do técnico no comando e só não levou mais gols porque Cássio evitou. Auxiliar assume o time a partir de agora

A derrota por 2 a 0 para o Palmeiras foi até pequena para o Corinthians no último ato de Cristóvão Borges. Não fosse Cássio, o Timão teria perdido por um placar bem mais elástico.

Não à toa, o Verdão é cada vez mais líder do Brasileirão, enquanto o Timão oscila e não sai do lugar. A diferença entre eles é gritante. O Palmeiras somou seis pontos, contando turno e returno.

Campinho - Corinthians x Palmeiras (Foto: GloboEsporte.com)

Esquema 4-1-4-1: Romero (no lugar de Lucca) e Marquinhos Gabriel (saindo Cristian) entraram no segundo tempo

O jogo que culminou com a demissão do treinador foi uma repetição de situações que, por várias vezes, aconteceram nos últimos 18 jogos: o acúmulo de desfalques (Uendel e Giovanni Augusto machucados, além de Fagner suspenso), uma escalação equivocada (com a insistência em Cristian como principal marcador e maior responsável pela iniciação de jogadas, por exemplo), erros individuais (Vilson falhou no primeiro gol), uma defesa desarrumada (20 gols sofridos em 18 jogos), o fim da força nos jogos dentro de casa e uma aparente dificuldade do técnico para realizar alterações (Marquinhos Gabriel, reserva mais útil, só entrou no time após uma hora de jogo).

O gol de Moisés aos quatro minutos, é claro, quebrou qualquer estratégia de jogo do Corinthians. Vilson não afastou e o meia tentou duas vezes para conseguir superar Cássio.

No quarto jogo de Gustavo, ele foi praticamente a única opção acionada no primeiro tempo, em jogadas forçadas no pivô. Talvez pelo nervosismo, errou quase tudo que tentou. Finalizou cinco vezes, mas sem assustar o goleiro Jaílson.

Rodriguinho, um dos poucos destaques dos últimos jogos, foi anulado por Gabriel, que colou no seu cangote. Marlone e Lucca pouco fizeram. E o Timão, apesar do falso domínio, nada fez.

Cristóvão Borges Corinthians x Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)

Cristóvão Borges parece não gostar do que vê em Itaquera (Foto: Marcos Ribolli)

Atrás do placar praticamente durante todo o jogo, a equipe teve maior posse de bola (59% a 41%), levantou mais bolas para a área (13 a 6) e até finalizou mais (14 a 12). Nas chances reais de gol, porém, foi pior do que o Brasil na Copa do Mundo de 2014: 8 a 1 para o Palmeiras, sempre mais perigoso. Nem mesmo a torcida única, 100% corintiana, fez a diferença no jogo.

Substituto de Fagner, Léo Príncipe levou o segundo amarelo e deixou o time com um a menos. Com a casa desarrumada, Mina fez o segundo em bola cruzada para a área que contou com desvio.

A nona derrota no campeonato derrubou Cristóvão Borges. Acostumado com o elenco, com quem trabalha desde 2009, o auxiliar Fabio Carille será o responsável por levantar o ânimo do time para o confronto contra o Fluminense, na quarta, de novo em casa, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Não há tantos limões para limonada, mas é possível fazer algo menos azedo.

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