Diário de São Paulo
Siga-nos

Diário do Peixe – Análise: Santos recua e sofre pressão, mas é eficiente na defesa para vencer

O Santos parece finalmente ter aprendido a resistir contra pressão neste Campeonato Brasileiro. Se em outras partidas fora de casa, como nas derrotas para

Diário do Peixe – Análise: Santos recua e sofre pressão, mas é eficiente na defesa para vencer
Diário do Peixe – Análise: Santos recua e sofre pressão, mas é eficiente na defesa para vencer

Redação Publicado em 15/09/2016, às 00h00 - Atualizado às 09h24


Zeca faz o gol aos 3 minutos do primeiro tempo da partida contra o Botafogo, e Peixe recua muito em seguida. Mesmo assim, resiste à pressão e vence fora de casa

O Santos parece finalmente ter aprendido a resistir contra pressão neste Campeonato Brasileiro. Se em outras partidas fora de casa, como nas derrotas para Coritiba (2 a 1) e Atlético-PR (1 a 0) a equipe sucumbia diante do maior volume de jogo dos adversários, diante do Botafogo, na última quarta-feira, no Rio foi diferente: abriu o placar no início e recuou demais, mas conseguiu segurar o adversário para vencer fora de casa.

Mais do que levar o Peixe de volta ao G-4 do Campeonato Brasileiro, a vitória por 1 a 0 ajuda no amadurecimento do time comandado pelo técnico Dorival Júnior. De fato, não foi nem de longe uma das melhores atuações santistas na competição, mas mostrou a evolução da defesa, por exemplo, que costumava falhar bastante em bolas pelo alto, principalmente. Por outro lado, a proteção à zaga e a saía de jogo foram dois pontos negativos.

O Santos começou o jogo como gosta de fazer na Vila Belmiro: pressionando o adversário. Não queria dar espaços para o Botafogo sair jogando. E realmente não deu. Tanto que, aos 3 minutos, Zeca recuperou uma bola de Neilton e abriu o placar para o Peixe. Após o gol, o Santos desistiu de atacar e se posicionou lá atrás, tentando encaixar um contra-ataque que não veio.

campinho Santos (Foto: GloboEsporte.com)

Essa foi a formação utilizada pelo técnico Dorival Júnior contra o Botafogo (Foto: GloboEsporte.com)

É claro que o Botafogo ainda não havia tido tempo para mostrar o que tinha em mente quando levou o gol, mas o Santos mostrou fragilidade na proteção à zaga e sofreu bastante no primeiro tempo. A dupla David Braz e Gustavo Henrique teve muito trabalho nas bolas aéreas, mas conseguiu evitar o empate carioca antes do intervalo. O maior problema era a má atuação de Thiago Maia à frente da defesa e a dificuldade que o Peixe tinha para sair jogando.

O segundo tempo não foi diferente. O Botafogo, em busca da terceira vitória consecutiva, pressionava muito os santistas. Lucas Lima, Jean Mota, Vitor Bueno e Ricardo Oliveira pouco conseguiram segurar a bola no campo de ataque. Ela batia e voltava, sobrecarregando a defesa, cada vez mais desprotegida.

Na beira do campo, Dorival Júnior esperneava pedindo para a equipe ter calma e trocar mais passes. Sem sucesso. A ligação entre defesa e ataque realmente não funcionou na vitória contra o Botafogo. Assim, a defesa teve de se desdobrar para segurar o embalado time carioca, que tentou até gol de goleiro. E de bicicleta. Veja:

Para a sequência do Campeonato Brasileiro, Dorival terá a missão de recuperar o bom futebol de Thiago Maia. Se conseguir, ajudará o Alvinegro a apresentar novamente toda a qualidade do primeiro turno, com atuações envolventes e menos sofrimento. Enquanto isso, o Santos amadurece em busca da Libertadores do ano que vem.
Compartilhe  

últimas notícias