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Dia Mundial do Doador de Sangue: saiba como ajudar a salvar vidas

Imagem Dia Mundial do Doador de Sangue: saiba como ajudar a salvar vidas

Redação Publicado em 14/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 18h08


A cada ano o Brasil enfrenta desafios para manter os bancos de sangue dos hemocentros. Para estimular a conscientização entre todos os cidadãos, nesta terça-feira (14) é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue.

Essa tarefa é essencial para que os estoques sejam sempre suficientes para transfusões de sangue para pessoas que tratam de doenças ou vítimasde acidentes, conflitos armados e da violência urbana.

O mês de junho também é conhecido como o “junho vermelho” para lembrar que o compromisso de doar sangue é permanente, assim como os atos de solidariedade. Portanto, a disposição por parte de cada cidadão não pode ser limitada à data.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a necessidade de sangue ocorre em todos os cantos do planeta, no entanto nem todos os pacientes têm acesso a esse recurso, especialmente aqueles que se encontram entre os grupos economicamente desfavorecidos de diversos países subdesenvolvidos.

Em um levantamento feito pela OMS com base em amostras de 1 mil pessoas, a taxa de doação de sangue é de 31,5 doações em países de alta renda, 16,4 doações em países de renda média alta, 6,6 doações em países de renda média-baixa e 5,0 doações em países de baixa renda.

A entidade também apontou que 40% das 118,5 milhões de doações coletadas globalmente são de países de alta renda, que abrigam 16% da população mundial.

Mas, nas nações mais pobres, o cenário é outro: até 54% das transfusões de sangue são direcionadas a crianças menores de 5 anos. Já nos países desenvolvidos, os pacientes com mais de 60 anos de idade são os mais visados, representando até 76% de todas as transfusões.

Por outro lado, alguns médicos acreditam que a resistência de muitas pessoas em doar sangue esteja relacionada ao clássico medo de agulhas, à agitada rotina de estudos e trabalho da cidade grande ou aos desafios logísticos de pessoas que vivem em zonas periféricas e necessitam se deslocar por um trajeto longo até os hospitais localizados nos centros urbanos.

Contudo, o impasse também pode ser provocado pela desinformação, pelo indivíduo acreditar que não se encaixa no perfil de doador, temer transmitir alguma doença desconhecida ou pelas restrições impostas pela pandemia decoronavírus.

Apesar de muitas dessas questões, o processo de doação de sangue é 100% seguro e pode ser realizado sem causar transtornos ao dor, que, de algum modo, contribuirá para salvar vidas.

A médica explica que o processo de doação é seguro e pode ser realizado sem prejuízos à saúde do doador.

Critérios para a doação de sangue:

  • Estar em boas condições de saúde
  • Apresentar documento oficial de identidade com foto
  • Ter se alimentado previamente e ter evitado alimentos gordurosos 3 horas antes da doação
  • Caso faça a doação após o almoço, aguardar 2 horas
  • Ter idade entre 16 e 69 anos, sendo que os candidatos a doadores com menos de 18 anos deverão estar acompanhados pelos pais ou por responsável legal
  • Pesar acima de 50 kg
  • Dormir pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas
  • Não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação
  • Não fumar pelo menos duas horas antes da doação
  • Já ter doado antes dos 60 anos, caso tenha entre 60 e 69 anos
  • Máximo de quatro doações anuais para homens e três para mulheres
  • Intervalo mínimo entre uma doação e outra de dois meses para homens e de três meses para mulheres

Cuidados com a covid-19

Em janeiro, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fizeram mudanças nos prazos e critérios de doação por causa da alta de casos de covid-19 no país.

Segundo as novas regras, os potenciais doadores que tiverem suspeita da doença ou testarem positivo, mesmo com sintomas leves ou moderados, só poderão doar sangue 10 dias depois de se recuperarem da doença.

Também são proibidas as doações de sangue oriundas de pessoas que tiverem diagnóstico de covid-19, mesmo que o caso seja assintomático. Nessa situação, o período de proibição dura 10 dias depois da data de coleta do exame.

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