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Detento herdou comando do grupo de Adriano Nóbrega, suspeito de matar Marielle

Meses antes de ser morto, em 9 de fevereiro deste ano, em Esplanada, no interior da Bahia, o ex- capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio,

Detento herdou comando do grupo de Adriano Nóbrega, suspeito de matar Marielle
Detento herdou comando do grupo de Adriano Nóbrega, suspeito de matar Marielle

Redação Publicado em 30/06/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h36


Leonardo Gouvea da Silva, o Mad, é apontado como amigo de infância e homem de confiança do ex-oficial do Bope

Meses antes de ser morto, em 9 de fevereiro deste ano, em Esplanada, no interior da Bahia, o ex- capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio, Adriano Magalhães da Nóbrega , criador do grupo de matadores de aluguel Escritório do Crime, resolveu se dedicar mais à exploração da milícia de Rio das Pedras e da Muzema, no Itanhangá, Zona Oeste do Rio. Para isso, ele passou a chefia do bando – suspeito das mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes – para as mãos de Leonardo Gouvea da Silva, o Mad, seu amigo de infância, portanto, de total confiança do ex-PM, conforme apontam investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio.

Mad foi preso na manhã desta terça-feira. Ele estava dormindo quando foi surpreendido pelos agentes. O suspeito mora numa casa de dois andares num condomínio de classe média na Vila Valqueire, na Zona Norte do Rio.

Ao receber a chefia do Escritório do Crime de Adriano , Mad, de acordo com as investigações, ficou encarregado de arregimentar mais ex-policiais para o grupo e a negociar “encomendas” com chefes da contravenção – ramo em que o ex-capitão vinha atuando ativamente. Depois de passar o posto, o ex-oficial do Bope virou conselheiro da facção de pistoleiros de aluguel. Suas decisões, porém, continuaram sendo seguidas à risca.

Outros suspeitos de integrar o bando

Além de Mad, outros suspeitos tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça: o irmão do chefe da quadrilha, Leandro Gouvea da Silva, o Tonhão; e os ex-PMs João Luiz da Silva, o Gago, Anderson de Souza Oliveira, o Mugão, e Gurgel. Também há um PM da reserva conhecido como Janjão, com atuação na milícia do Morro do Fubá, em Campinho, na Zona Norte do Rio.

Tonhão também é remanescente do núcleo de Adriano e é considerado braço direito do chefe, apontam a polícia e o MP. Mad, Tonhão e Adriano jogavam bola em Quintino, também na Zona Norte, quando eram crianças. O campo de futebol era administrado pelo pai dos dois irmãos, um ex-policial civil.

iG
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