O desmatamento da Mata Atlântica cresceu 400% no estado de São Paulo entre 2019 e 2020 na comparação com o período anterior. No estado, o bioma está
Redação Publicado em 26/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h47
O desmatamento da Mata Atlântica cresceu 400% no estado de São Paulo entre 2019 e 2020 na comparação com o período anterior. No estado, o bioma está no entorno das áreas metropolitanas e no litoral e, por isso, a pressão acontece menos por causa da ocupação agrícola e mais por conta da expansão imobiliária e pelo turismo.
As informações são do Atlas da Mata Atlântica, estudo realizado desde 1989 pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgado nesta quarta-feira (26), véspera da data em que é celebrado o Dia Nacional da Mata Atlântica (27).
O levantamento foi feito por meio de imagens de satélite e tecnologias na área da informação, do sensoriamento remoto e do geoprocessamento. O objetivo é determinar a distribuição espacial dos remanescentes florestais e de ecossistemas associados da Mata Atlântica, monitorar as alterações da cobertura vegetal e gerar informações permanentemente aprimoradas e atualizadas desse bioma.
Além de São Paulo, o desmatamento da Mata Atlântica também se intensificou entre 2019 e 2020 em outros nove dos 17 estados que compreendem o bioma: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.
Nos quatro últimos (RJ, MS, SP e ES), o aumento foi de mais de 100% em relação ao período anterior – sendo que em São Paulo e no Espírito Santo chegou a ultrapassar 400%.
Ambos são estados que já estiveram muito próximos de zerar o desflorestamento, e agora voltam a mostrar aumentos expressivos.
A manutenção do alto patamar de perda da vegetação nativa, com o crescimento do desmatamento em diversos estados, coloca o bioma em grande ameaça e reforça a necessidade de ações de restauração florestal.
No total, foram desflorestados 13.053 hectares (130 quilômetros quadrados) da Mata Atlântica no período – dado que, embora 9% menor que o levantado em 2018-2019 (14.375 hectares), representa um crescimento de 14% em relação a 2017-2018 (11.399 hectares), quando se atingiu o menor valor da série histórica.
“Mesmo que tenhamos uma diminuição de 9% do desmatamento em relação a 2018-2019, ali o aumento havia sido de 30%, então não podemos falar em tendência de queda. Além disso, no que se refere à Mata Atlântica, 13 mil hectares é muito, porque se trata de uma área onde qualquer perda impacta imensamente a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, como regulação do clima e disponibilidade e qualidade da água”, afirmou em nota Luís Fernando Guedes Pinto, diretor de Conhecimento da Fundação SOS Mata Atlântica.
Para Luís Fernando, o principal problema é a falta de fiscalização. “Os governos precisam fazer valer a Lei da Mata Atlântica, que não permite a conversão de áreas florestais avançadas, e garantir o desmatamento ilegal zero por meio do combate às derrubadas não autorizadas”, explica, em nota.
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G1
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