Por Marauê Carneiro
Redação Publicado em 21/05/2022, às 00h00 - Atualizado às 10h43
Por Marauê Carneiro
“DESGLOBALIZANDO”
A pandemia da Sars-Cov-2 destruiu a economia mundial como nenhuma outra depressão no passado foi capaz de fazer. Dessa vez, não foi uma crise financeira que produziu uma queda vertiginosa do PIB em todos os continentes. Foi um vírus.
Agora, a guerra na Ucrânia afeta os mercados de commodities. Tais interrupções estão estimulando uma mudança na concepção das cadeias de abastecimento.
Certamente, você já ouviu falar em globalização, que segundo estudiosos do tema, possui três subdivisões: econômica, social e política.
Mas e sobre ‘’desglobalização’’? Interrupções nas cadeias de abastecimento, aumento de preços, escassez – todas essas realidades diárias poderiam ser conectadas a um processo conhecido como “desglobalização”.
A primeira onda de “desglobalização” que o mundo enfrentou foi entre 1914 e 1945, período marcado por duas grandes guerras e uma grande depressão econômica.
Mas que rumo tomará esse novo mundo?
A Pandemia, sustentabilidade e a Guerra são as três forças que estão empurrando o mundo para produções mais verticalizadas e cadeias de suprimento mais regionais, que importa em ter diversas unidades fabris, em continentes diversos, para ficar mais próximo do consumidor.
A ideia é aproximar tudo: cadeia de suprimentos, fabricação, montagem e público consumidor.
Essa regionalização da produção é, inclusive, um dos componentes inflacionários que diversos economistas apontam. A globalização, de fato, trazia a vantagem do mundo em escala planetária. Entretanto, não está claro se seria um impacto transitório ou definitivo. É um mundo novo se desenhando.
Desmontar essa teia de relações também não será tarefa simples. Mas a tecnologia atual deve ajudar na busca de soluções e, portanto, em uma velocidade maior de execução dos objetivos.
No meio do caminho, é claro que haverão desequilíbrios. Assim como houve na rota até a globalização.
Com mais dados sobre os hábitos dos consumidores, mais fácil será decidir onde instalar a produção.
De acordo com quem defende esse conceito, a globalização aumenta o padrão de vida das pessoas, retirando-as da pobreza.
Por outro lado, os louros dessa globalização não costumam ser divididos de forma igualitária.
E você? Já refletiu sobre as possíveis consequências para o seu mercado de atuação?
Marauê Carneiro – sócio fundador da www.kaxola.com
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