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Depois da classificação, Palmeiras precisa refletir sobre erros e cansaço antes de planejar a finalíssima

Não se trata de ter um time pragmático, mas de possuir uma equipe que não consegue jogar futebol. Não se deve fugir deste diagnóstico, depois da derrota para

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Redação Publicado em 13/01/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h52


Campanha do Palmeiras tem segundo melhor ataque e segunda melhor defesa, mas o plano é não ser o segundo, depois do dia 30 de janeiro

Não se trata de ter um time pragmático, mas de possuir uma equipe que não consegue jogar futebol. Não se deve fugir deste diagnóstico, depois da derrota para o River Plate que, por sorte — e por uma dose de competência dos zagueiros — evitou apenas que o Palmeiras não chegue invicto à final.

Mas a repetição de erros levará ao vice-campeonato e não ao título possível, na decisão do Maracanã, em 30 de janeiro.

Primeiro é necessário entender por que alguns jogadores, tão calmos na semifinal de Avellaneda, estavam tão tensos no Allianz Parque. Caso específico do volante Danilo, de atuação muito ruim, especialmente no primeiro tempo da derrota por 2 x 0.

Se Danilo jogasse bem ou se Gabriel Menino fosse transferido para o meio-de-campo, com a bola, talvez o Palmeiras conseguisse trocar mais passes, igualar o setor central com a equipe de Marcelo Gallardo. Menino concentrou-se em fazer o setor direito, defensivamente.

Faltou meio-de-campo.

No início do trabalho de Abel Ferreira, não faltava nem parar a bola na criação, nem a velocidade para chegar rapidamente à definição das jogadas. Também não havia tantos jogos acumulados, 61 oficiais na temporada, 51 depois do retorno da paralisação pela pandemia.

A maratona é cruel e seguirá sendo. O Palmeiras é o único time vivo nas três competições e que depende só de si em todas elas. No Brasileirão, se ganhar todas as partidas, será campeão brasileiro. Mas vai ganhar?

Difícil, com uma rotina tão cruel de partidas a cada três dias.

Abel Ferreira demorou em intervir no jogo contra o River Plate, falhou ao não mexer no meio-de-campo, mas não está usando desculpas ao falar das atuações ruins, seis nos últimos oito jogos. Ele fala a verdade, sempre. Não será simples fazer o Palmeiras chegar inteiro e forte à decisão contra o Santos, ou Boca Juniors.

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GE – Globo Esporte.

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