A tortura que antecede a delação premiada, instrumento usada á exaustão pela Operação Lava Jato, revela um lado que poucos conhecem dos meios de investigação.
Redação Publicado em 10/07/2018, às 00h00 - Atualizado às 12h20
A tortura que antecede a delação premiada, instrumento usada á exaustão pela Operação Lava Jato, revela um lado que poucos conhecem dos meios de investigação. De pressão psicológica causada pelo ambiente hostil da carceragem à dependência amorosa dos presos, o jornalista Luís Fernando Carrijo, em sua obra “O Carcereiro”, e lançamento neste sábado (07), delata o lado cruel de uma Operação que se arrasta por quatro anos.
O texto de Carrijo é de levar á reflexão sobre a nova modalidade de operar o Direito, criada pelos poderosos da força-tarefa que levou o ex-presidente Lula a prisão. O jornalista revela detalhes sobre a negociação para delação, que por incrível que pareça, passava pelo crivo do famoso “Japonês da Federal”. Era ela quem preparava o ambiente emocional para que o preso pudesse ceder às pressões do Ministério Público na ânsia de obter uma revelação. Diante do que se lê no livro de Carrijo, fica a pergunta: até que ponto a delação, nesses moldes, difere das práticas já conhecidas?
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