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Defesa entrega passaportes de Joesley e Saud e pede para ser ouvida antes de Fachin decidir sobre pedido de prisão

defesa do grupo J&F – holding controladora do frigorífico JBS – entregou os passaportes do empresário Joesley Batista e do diretor de Relações

Defesa entrega passaportes de Joesley e Saud e pede para ser ouvida antes de Fachin decidir sobre pedido de prisão
Defesa entrega passaportes de Joesley e Saud e pede para ser ouvida antes de Fachin decidir sobre pedido de prisão

Redação Publicado em 09/09/2017, às 00h00 - Atualizado às 09h48


Advogados querem evitar que relator da Lava Jato acolha pedido de prisão apresentado por Rodrigo Janot. Solicitação está sob sigilo – nem a PGR nem o STF confirmam que foi enviado.

defesa do grupo J&F – holding controladora do frigorífico JBS – entregou os passaportes do empresário Joesley Batista e do diretor de Relações Institucionais do grupo empresarial, Ricardo Saud, dois delatores da Lava Jato.

Os documentos foram entregues nesta sexta (8), mesmo dia em que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a prisão de Joesley, Saud e do ex-procurador da República Marcelo Miller, que atuou ao lado do chefe do Ministério Público no grupo de trabalho da Lava Jato.

Além disso, os defensores dos executivos da J&F pediram para serem ouvidos pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, antes de o magistrado tomar uma decisão sobre o pedido de prisão.

Não é usual acusados serem ouvidos pela Justiça antes de um mandado de prisão ser decretado. Joesley e Saud prestaram depoimento à Procuradoria Geral da República (PGR) na última quinta (7), em Brasília, para dar esclarecimentos sobre a gravação na qual, entre outros pontos, sugerem que contaram com o auxílio de Marcelo Miller para negociar os termos da delação premiada dos executivos da J&F antes de o ex-procurador se desligar do Ministério Público Federal.

O pedido de prisão está sob sigilo – nem a Procuradoria Geral da República (PGR) nem o Supremo confirmam que foi enviado. A decisão sobre a solicitação de Janot será tomada por Fachin.

Se o relator da Lava Jato autorizar as prisões, o acordo de delação premiada firmado entre a J&F e a PGR deve ser rescindido.

O termo de delação prevê que o acordo perderá efeito se, por exemplo, o colaborador mentiu ou omitiu, se sonegou ou destruiu provas. Sobre a validade das provas apresentadas, mesmo se os termos da delação forem suspensos, continuarão valendo – provas, depoimentos e documentos.

Esse é o entendimento de pelo menos três ministros do Supremo: a rescisão do acordo não anula as provas.

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