O futebol é fascinante porque não precisa ser justo. Nesta quarta, Portugal talvez nem merecesse sair de campo com a vitória diante do Marrocos. Acontece que
Redação Publicado em 20/06/2018, às 00h00 - Atualizado às 14h27
O futebol é fascinante porque não precisa ser justo. Nesta quarta, Portugal talvez nem merecesse sair de campo com a vitória diante do Marrocos. Acontece que dispor de Cristiano Ronaldo faz toda a diferença. Na primeira chance (de poucas da equipe, diga-se), abriu o placar em forte cabeçada. Em inúmeras oportunidades, por outro lado, os africanos não foram capazes de marcar – por vezes, pararam no goleiro Rui Patrício.
A vitória foi dramática praticamente do início ao fim, graças ao esforço dos africanos, que fizeram partida bem mais consistente que a estreia – o placar, porém, foi o mesmo. Cristiano Ronaldo, agora artilheiro isolado da Copa, com quatro gols, fez Portugal arrancar a liderança provisória das mãos do Irã e eliminou o Marrocos ainda na segunda rodada do Grupo B da Copa do Mundo. A dor da eliminação – a primeira confirmada matematicamente no Mundial – será forte para os marroquinos.
Cristiano Ronaldo não precisa estar nos seus dias mais brilhantes para decidir jogos. Hoje, guardou de cabeça o gol da vitória sobre o Marrocos, logo aos 4 minutos do primeiro tempo. Momentos mais tarde, chutou bola cruzada com perigo, e só. Depois, foi mal na partida: duas faltas cobradas na barreira, uma simulação cômica de pênalti e um chute – raro para ele – bisonho. Mas é CR7. 4 gols em dois jogos na Copa 2018, artilheiro isolado. Não é para qualquer um.
A segurança de Rui Patrício foi o outro fator, além de CR7, que garantiu o placar de 1 a 0. O goleiro mostrou muita segurança, encaixando quase todas as bolas e espalmando a (quase) impossível. Belhanda cabeceou como manda o figurino, e Patrício foi buscar no cantinho. Momento digno de Gordon Banks – aquele da cabeçada de Pelé, na Copa de 1970. Ah, informação: Rui Patrício é o novo reforço do Wolverhampton, da Inglaterra.
Os marroquinos – hoje, sim – foram aqueles que muita gente esperava ver na Copa. Mostraram repertório, criaram muitas (!) chances, martelaram a seleção portuguesa desde o início de jogo, mas mesmo assim foram eliminados. Ziyech conduziu o time, Belhanda exigiu grandes defesas de Rui Patrício, e o zagueiro Benatia perdeu várias chances por falta de cacoete de atacante. Custou bem caro abusar da ineficiência – e, claro, ter perdido para o Irã.
Então líder da chave, com quatro pontos, Portugal fecha participação na fase de grupos contra o Irã, segunda (25), às 15h (de Brasília), em Saransk. A conferir o placar de Espanha x Irã, logo mais, às 15h, para saber do que os portugueses precisam para se classificar. Zerado e de malas prontas para casa, Marrocos vai encarar a Espanha, no mesmo dia e horário de Portugal x Irã, em Kaliningrado.
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