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CPTM lança campanha para combater assédio sexual no transporte público

A CPTM lança, nesta segunda-feira (9), um programa de proteção às passageiras e colaboradoras, visando combater as ocorrências de assédio sexual . O programa

CPTM lança campanha para combater assédio sexual no transporte público
CPTM lança campanha para combater assédio sexual no transporte público

Redação Publicado em 09/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 14h46


Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos promoverá espaços de acolhimento em 8 estações, em parceria com o Instituto Avon; Grupo que visa discutir medidas para diminuir incidências dos casos de assédio já existe em São Paulo e conta com representantes de ONGS e secretarias municipais

A CPTM lança, nesta segunda-feira (9), um programa de proteção às passageiras e colaboradoras, visando combater as ocorrências de assédio sexual . O programa “Em movimento por elas” contará com espaços em 8 estações para atendimento de passageiras que tenham sofrido qualquer tipo de importunação sexual nas estações e trens.

Além dos pontos de acolhimento, será realizada durante a semana uma pesquisa com os seguintes questionamentos: sofreu importunação sexual no transporte público? Se sim, onde? Houve denúncia?” O levantamento possui o intuito de levantar dados que ajudarão em novas campanhas de conscientização contra o assédio sexual.

A iniciativa terá ainda uma parceria com o Instituto Avon, que ajudará a promover ações de cultura, saúde e beleza. O instituto viabilizará treinamentos das equipes de estação e segurança sobre violência contra mulheres, workshops para colaboradores sobre o papel dos homens no enfrentamento a essas violências e apoiará na estruturação do canal de denúncia, além de doar cartilhas sobre “Relacionamentos Saudáveis e “Detecção Precoce do Câncer de Mama”.

Grupo de combate ao assédio sexual

Para debater medidas que visam diminuir os casos de assédio sexual no tranporte público, São Paulo já havia oficializado, na última sexta-feira, um grupo para combater o tema. O coletivo conta com representantes de secretarias municipais, ONGs de defesa da mulher e empresas de ônibus . As principais pautas envolvem a necessidade de criar soluções para o problema, aprimorando o treinamento de cobradores e motoristas, além de aumentar o monitoramento através de câmeras de segurança.

De 2017 pra cá, 140 casos de importunação sexual foram registrados nas imediações dos ônibus da SPTrans. De acordo com a pesquisa “Viver em São Paulo – Mulher”, divulgada pela Rede Nossa São Paulo, o número de mulheres que relataram assédio no transporte coletivo subiu 18 pontos percentuais de 2018 para 2020; em 2018, 25% das entrevistadas disseram já ter sofrido assédio no transporte público. Em 2020, o número saltou para 43% .

Um termo de cooperação já foi assinado para oficializar a criação do grupo para debater o tema e a primeira reunião para debater soluções que diminuam a incidência do crime já foi realizada. Na plateia, estavam funcionários de empresas de ônibus que já presenciaram casos durante o serviço. Os presentes concordaram que são necessárias medidas efetivas para acabar com o crime, que tem punição de 1 a 5 anos de reclusão.

iG

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