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Os homens já descobriram os prazeres da paternidade e não é mais tão difícil encontrar casais que dividam as atribuições relacionadas aos filhos. No entanto,

carlos wizard
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Redação Publicado em 15/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 16h51


Os homens já descobriram os prazeres da paternidade e não é mais tão difícil encontrar casais que dividam as atribuições relacionadas aos filhos. No entanto, o cuidado de idosos continua sendo tarefa basicamente feminina. No Brasil e no resto do mundo, quando esse trabalho não é remunerado, quase sempre se torna função de uma mulher da família – e vale muito, basta pôr no papel o que custaria se um profissional tivesse que ser contratado! Às vezes a dedicação é em tempo integral; em outras, ela tem que se desdobrar e tentar equilibrar emprego, atividades domésticas e a responsabilidade por um parente.

No Reino Unido, levantamento mostra que 25% das mulheres entre 50 e 64 anos são cuidadoras, enquanto o percentual não passa de 17% entre os homens. O impacto disso é enorme na vida profissional e financeira: para dar conta de tantas atribuições, é quase inviável dedicar-se à carreira de forma a conseguir promoções e melhores salários. Com frequência, quem tinha um emprego acaba abrindo mão dele para se dedicar ao idoso e compromete seu futuro financeiramente. Por volta dos 50 anos, os homens britânicos têm, em média, o dobro do que as mulheres possuem na poupança.

Quem irá cuidar da cuidadora depois? Com o envelhecimento da população, essa é uma pergunta cada vez mais incômoda. Não será sustentável manter o fardo nos ombros femininos e a mudança tem que acontecer em diferentes esferas. No ambiente corporativo, será preciso que executivos e patrões entendam a necessidade de apoiar quem desempenha tal função, independentemente do sexo. São funcionários que precisarão de flexibilidade de horários para estar presentes em consultas, acompanhar tratamentos ou resolver emergências.

Nos Estados Unidos, em diversos estados há programas de remuneração para os cuidadores. O Medicaid, programa voltado para famílias de baixa renda, disponibiliza recursos para a contratação de um amigo ou parente. O ritmo do envelhecimento da população brasileira, cuja pirâmide etária há tempos não tem a mais a forma de uma pirâmide com uma larga base de crianças de jovens, demanda soluções em ritmo acelerado.

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Fonte: G1 – Globo.

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