A CPI da Covid recebeu novos documentos da Procuradoria da República no Distrito Federal para aprofundar as investigações sobre a atuação informal do
Redação Publicado em 26/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 17h18
A CPI da Covid recebeu novos documentos da Procuradoria da República no Distrito Federal para aprofundar as investigações sobre a atuação informal do empresário Airton Soligo, conhecido como Airton Cascavel, em ações de alto escalão no Ministério da Saúde.
Soligo é próximo do ex-ministro Eduardo Pazuello e, segundo apuração preliminar, atuou sem vínculo com a pasta em ações contra a pandemia e encontros com autoridades. A informação foi antecipada na estreia do Conexão, novo jornal da GloboNews.
Pazuello assumiu interinamente o ministério da Saúde no fim de maio de 2020, após Nelson Teich deixar o cargo por divergências com o presidente Jair Bolsonaro na condução da pandemia.
Segundo as apurações, foi justamente nesse período, que há registros das ações do representante da iniciativa privada em ações exclusivas de gestores públicos, como agendas públicas de Pazuello sobre respiradores e ações com prefeitos e secretários estaduais de saúde.
O empresário atuou de maneira informal em ações da pandemia pelo menos entre maio e junho, quando o vínculo informal veio à tona.
A partir desse momento o Ministério da Saúde o nomeou assessor especial de Pazuello, cargo que ocupou formalmente de 24 de junho de 2020 a 21 de março deste ano, quando foi exonerado.
Em março de 2021, Soligo anunciou que 14 milhões de doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 deveriam chegar ao país em maio e junho.
Posteriormente, o empresário assumiu o cargo público de secretario de saúde de Roraima, e deixou o posto na semana passada.
A Procuradoria da República no Distrito Federal aponta que prints mostram fotos e referências a Airton Cascavel como o “número 02 do Ministério da Saúde”. A apuração preliminar é sobre suspeita de usurpação de função pública, ou seja, atuar como um gestor público sem ter vínculo formal. O crime é previsto no artigo 328 do Código Penal.
O procurador Wellington Divino Marques de Oliveira determinou o “envio de ofício à Polícia Federal, solicitando a instauração de inquérito policial para investigar a conduta ora descrita”.
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G1
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