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CPI da carne estragada de Marília vê atos de improbidade do prefeito e ex-secretário

O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada na Câmara de Vereadores de Marília (SP) para investigar os motivos de sete toneladas de

CPI da carne estragada de Marília vê atos de improbidade do prefeito e ex-secretário
CPI da carne estragada de Marília vê atos de improbidade do prefeito e ex-secretário

Redação Publicado em 28/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h06


O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada na Câmara de Vereadores de Marília (SP) para investigar os motivos de sete toneladas de carne terem estragado na cozinha-piloto do município, concluiu que o prefeito Daniel Alonso (PSDB) e o ex-secretário da Educação, Beto Cavalari, cometeram atos que podem ser enquadrados como improbidade administrativa.

O documento, com 24 páginas, foi lido no início da sessão desta segunda-feira (27). A investigação, que começou com a abertura de sindicância pela prefeitura e depois com a aprovação da CPI, durou quase sete meses.

Em nota, Beto Cavalari disse que ainda não teve acesso ao relatório final, mas destacou que o problema na cozinha-piloto aconteceu uma semana depois de ele deixar a pasta. O prefeito Daniel Alonso não foi encontrado para comentar o caso.

Em junho, Daniel Alonso prestou depoimento à CPI e rebateu a acusação de Cavalari de que a decisão de descongelar, moer e recongelar a carne foi tomada em uma reunião com o prefeito e secretários municipais.

A conclusão do relatório da CPI de que o prefeito e o ex-secretário cometeram atos que podem ser enquadrados como improbidade administrativa baseou-se no fato de que a carne da merenda que estragou provocou prejuízo de R$ 160 mil aos cofres públicos.

O relatório ainda sugere que os envolvidos descumpriram o que estabelece o Regimento Técnico de Boas Práticas para os Serviços de Alimentação. De acordo com a investigação, houve irregularidades no manuseio da carne.

O documento final da CPI vai ser encaminhado agora ao Ministério Público (MP) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).

CPI investiga os motivos que causaram o descarte de sete toneladas de alimento da merenda escolar (Foto: TV TEM / Reprodução )

CPI investiga os motivos que causaram o descarte de sete toneladas de alimento da merenda escolar (Foto: TV TEM / Reprodução )

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