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Covid-19 deu um ‘golpe inédito’ nos mercados financeiros globais, diz FMI

A crise do coronavírus deu um “golpe inédito” nos mercados financeiros globais e representa uma “ameaça muito séria” à sua estabilidade, segundo o relatório

Covid-19 deu um ‘golpe inédito’ nos mercados financeiros globais, diz FMI
Covid-19 deu um ‘golpe inédito’ nos mercados financeiros globais, diz FMI

Redação Publicado em 15/04/2020, às 00h00 - Atualizado às 14h02


No relatório Estabilidade Financeira Global, Fundo alerta os bancos de que podem se tornar amplificadores caso a crise se aprofunde

A crise do coronavírus deu um “golpe inédito” nos mercados financeiros globais e representa uma “ameaça muito séria” à sua estabilidade, segundo o relatório Estabilidade Financeira Global, publicado nesta terça-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O fundo fez também um alerta aos bancos, afirmando que eles podem acabar atuando como amplificadores caso a crise se aprofunde.

“A resiliência dos bancos pode ser testada face a uma desaceleração acentuada da atividade econômica, que pode, por sua vez, ser mais severa e mais prolongada do que se antecipa atualmente”, disse Tobias Adrian, diretor de mercados de capitais e monetários do FMI .

Adrian, no entanto, fez a ressalva de que os bancos têm “mais capital e liquidez do que no início da crise de 2008”, além de terem sido submetidos a mais escrutínio em anos recentes.

Segundo o relatório, depois do surto de Covid-19 , as condições financeiras se restringiram em velocidade inédita, expondo “rupturas” nos mercados financeiros globais. O fundo afirma também que a volatilidade dos mercados disparou e os custos dos empréstimos aumentaram com a expectativa de default generalizado.

“Um período prolongado de deslocamento nos mercados financeiros poderia desencadear estresse nas instituições financeiras, que, por sua vez, poderiam levar a uma crise de crédito para emprestadores não financeiros, exacerbando ainda mais a recessão econômica”, diz o relatório.

O fundo também destaca que os preços dos ativos de risco desabaram e que os custos de emprestar dispararam, especialmente em mercados de crédito mais arriscados. Mercados emergentes experimentaram a reversão de fluxo de portfólio mais acentuada de que se tem registro.

iG

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