Há pelo menos seis meses uma costureira de Salto de Pirapora (SP) precisa conviver com um tumor no pescoço do tamanho de uma laranja. Ela já passou por dois
Redação Publicado em 27/07/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h05
Há pelo menos seis meses uma costureira de Salto de Pirapora (SP) precisa conviver com um tumor no pescoço do tamanho de uma laranja. Ela já passou por dois médicos e teve uma cirurgia desmarcada no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) por causa de, segundo ela, falta de material cirúrgico.
Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado informou que a cirurgia foi adiada para que fossem priorizados casos mais graves.
Carmem Sylvia Afonso Pereira, de 62 anos, percebeu que o tumor começou a se formar em outubro de 2017, “como se fosse uma íngua”. Segundo a filha dela, Maria Aparecida Pereira, desde então, o tumor só cresceu e não parou mais.
Ela conta que começou a fazer acompanhamento com uma médica, meses atrás, mas a profissional deixou o hospital e, por isso, teve que recomeçar todo o processo.
Depois da espera de seis meses, a cirurgia foi marcada para a próxima segunda-feira (30), mas a idosa foi avisada seis dias antes que, por falta de fio de sutura, precisou ser cancelada.
A costureira, que sofre de um tumor maligno, disse ao G1 que não vai às festas que é convidada e evita sair de casa. “Estou chateada e triste. Além de doer muito, é complicado fazer atividades básicas, como tomar banho e falar ao telefone.”
“É muito constrangedor. Como sou costureira e a cidade é pequena, muita gente me conhece e acaba perguntando, tenho vergonha de sair de casa. Não é justo um ser humano ficar assim”, lamenta.
A filha da idosa contou ao G1 que a mãe sofre de dores e incômodos por conta do tamanho do câncer. “Está a ponto de estourar. Os médicos disseram que isso pode levar minha mãe a óbito.”
Maria afirma que a mãe fez todos os exames necessários e conta com o apoio de um médico no hospital. “Ele ficou de coração partido em ter que cancelar a cirurgia”, lembra.
A Secretaria de Saúde informou que a paciente teve o procedimento adiado porque o hospital priorizou casos mais graves. “Como qualquer outro serviço de saúde, casos mais graves e urgentes necessitam de intervenção imediata”, disse em nota.
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