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Coronavírus atinge asilos em cidades de São Paulo

Em alguns municípios paulistas, a pandemia do novo coronavírus atinge instituições de longa permanência de idosos. Até o momento, a cidade de Piracicaba

Coronavírus atinge asilos em cidades de São Paulo
Coronavírus atinge asilos em cidades de São Paulo

Redação Publicado em 12/05/2020, às 00h00 - Atualizado às 15h00


Doença causa preocupação em todo o estado

Em alguns municípios paulistas, a pandemia do novo coronavírus atinge instituições de longa permanência de idosos. Até o momento, a cidade de Piracicaba registra 15 mortes por covid-19, sendo que a última delas, ocorrida na segunda-feira(12), é de uma residente do asilo Bem Viver. Ela tinha 86 anos de idade.

O Ministério Público de São Paulo vem acompanhando os casos da doença nesses locais. Por meio do Centro de Apoio Operacional Cível, o órgão mantém um levantamento que, até a tarde de ontem, indicava 15 mortes por covid-19 confirmadas e oito óbitos cuja relação com a doença ainda não foi esclarecida. O balanço também contabiliza 75 casos de infecção confirmados e 29 suspeitos.

No último dia 3, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu nota alertando para o avanço do novo coronavírus no interior do país.

No comunicado, a entidade destaca que a covid-19 tem se proliferado, tanto em cidades grandes como naquelas de menor porte.

O processo de interiorização do vírus gera preocupação quanto à taxa de ocupação de leitos hospitalares e à rede de saúde, já que pacientes de municípios menores podem acabar se dirigindo a grandes centros urbanos para receber atendimento.

Em Piracicaba, a circulação do vírus entre profissionais e moradores do Lar Betel demandou resposta rápida por parte da administração do asilo, uma vez que pessoas idosas e as que apresentam certas condições de saúde, como pressão alta, problemas cardíacos e do pulmão, diabetes ou câncer, têm maior risco de ficarem gravemente doentes, conforme vem destacando a Organização Mundial da Saúde (OMS) desde o início da pandemia.

Suspeita

O presidente da instituição, Luiz Adalberto dos Santos, conta que a primeira pessoa com suspeita da doença foi um funcionário, no dia 18 de abril. Naquela data, idosos que vivem no local já haviam sido internados com suspeita de covid-19.

“Já no dia 22 recebemos apoio da Secretaria de Saúde”, disse, em referência aos testes rápidos disponibilizados. “A primeira medida era testar, testar e testar.”

Santos ainda sentiu necessidade de também aplicar testes PCR, para garantir que os resultados fossem precisos. Após mobilização, o Rotary Club da região fez uma doação dos kits de testes.

Até a tarde de ontem, dos 74 idosos residentes no asilo, três estavam internados em hospitais particulares e privados, 49 testaram positivo para covid-19, 24 negativo e outro aguarda o resultado.

Para frear o ciclo de transmissão, 38 moradores foram colocados sob regime de isolamento no próprio local e outros 28 foram levados para um hotel da cidade. Oito idosos que contraíram o vírus morreram.

O ciclo de contágio também ocasionou o afastamento de 13 dos 77 funcionários do asilo. No total, 28 empregados testaram positivo para covid-19, número que pode aumentar, considerando que outros esperam resultado.

Em boletim divulgado à imprensa, na noite de ontem, o Ministério da Saúde relaciona 168.331 casos confirmados de covid-19 no país. No balanço oficial, constam 11.519 mortes. São Paulo continua no topo da lista, com 46.131 casos confirmados e 3.743 óbitos.

ABr

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