O Corinthians fechou o mês de agosto com resultado financeiro positivo. Em balance financeiro, o Timão registrou um superávit de R$ 1,8 milhão nos primeiros
Redação Publicado em 16/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h23
O Corinthians fechou o mês de agosto com resultado financeiro positivo. Em balance financeiro, o Timão registrou um superávit de R$ 1,8 milhão nos primeiros oito meses do ano.
O endividamento segue estável, mas em patamar elevado, próximo de R$ 1 bilhão. Até a metade do ano, ele estava em R$ 977,4 milhões e agora passou para R$ 975,1 milhões.
Os compromissos de curto prazo (até um ano) também continuam altos: R$ 595,2 milhões.
A dívida apresentada não engloba o financiamento da Neo Química Arena. O Timão tem acordo costurado com a Caixa Econômica Federal para pagar R$ 569 milhões até 2040 – R$ 300 milhões serão abatidos com o valor que o clube receberá pela venda do nome do estádio.
Esteve balancete ainda não registra os efeitos das chegadas de Willian e Róger Guedes, contratados no fim de agosto, nem do retorno da Fiel torcida às arquibancadas.
A maior fonte de receita do Corinthians em 2021 até agora é a venda de direitos de transmissão. O clube arrecadou R$ 174,8 milhões com isso. Em segundo lugar estão os patrocínios e publicidade: R$ 69,2 milhões.
O faturamento com venda de jogadores ainda está bem abaixo do que o clube planejou. A arrecadação com transferências é de R$ 13 milhões até agora, contra R$ 95 milhões que foram orçados.
O custo registrado com contratações de jogadores no balancete aparece zerado.
Enquanto o departamento de futebol está com as contas no azul, o clube social e os esportes amadores registraram déficit de R$ 1,4 milhão. O Timão também teve um gasto de R$ 15,8 milhões com despesas financeiras (como juros a bancos).
O resultado positivo até agora em 2021 foi possível em grande parte graças ao enxugamento da folha salarial do elenco de futebol, com a saída de mais de 15 jogadores, das receitas de TV (algumas ainda referentes a 2020) e da chegada de novos patrocinadores.
Porém, a situação financeira corintiana continua bastante complicada, com o clube sofrendo constantes bloqueios judiciais por dívidas do passado e tendo de lidar com algumas receitas ainda reduzidas por conta da pandemia de coronavírus.
O Corinthians está em atraso com impostos e não deposita Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) de funcionários há mais de dois anos.
Empossado no começo deste ano, o presidente Duílio Monteiro Alves diz ter como prioridade sanear as finanças do Corinthians. Para isso, contratou uma consultoria especializada em gestão e tenta cortar os gastos de todos os departamentos em até 20%, inclusive o de futebol. Ele também fechou contrato com a KPMG, empresa que auxilia o clube na renegociação de dívidas.
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Globo Esporte
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