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Controladoria do Município condena empresa por desviar recursos em contratos com Theatro Municipal

A Controladoria Geral do Município condenou administrativamente mais uma empresa por desvios envolvendo o Theatro Municipal de São Paulo. O prejuízo aos

Controladoria do Município condena empresa por desviar recursos em contratos com Theatro Municipal
Controladoria do Município condena empresa por desviar recursos em contratos com Theatro Municipal

Redação Publicado em 14/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 16h33


Empresa superfaturou notas fiscais por serviços prestados. Desvio pode chegar aos R$ 18 milhões.

A Controladoria Geral do Município condenou administrativamente mais uma empresa por desvios envolvendo o Theatro Municipal de São Paulo. O prejuízo aos cofres públicos pode chegar a R$ 18 milhões e quase 20 empresas são investigadas.

A decisão, publicada nesta quarta-feira (14) no Diário Oficial do Município, diz que Irineu Ferreira, antigo sócio-administrador da empresa Nação Cultural, deve pagar R$ 15 mil de multa e devolver R$ 269 mil desviados aos cofres públicos.

De acordo com a Controladoria, a empresa, que não existe mais, emitiu notas fiscais por serviços superfaturados provocando prejuízo aos cofres públicos. A maior parte do valor foi para as contas bancárias de pessoas ligadas ao Instituto Brasileiro de Gestão Cultural, que administrou o Theatro Municipal até o ano passado.

Essa é a 10º condenação administrativa da Controladoria que apura irregularidades em pagamentos do Municipal. Outras nove empresas estão na mira da CGM e os processos estão em fase final.

A Controladoria começou a investigação após as contas de 2015 não fecharem e descobriu evidências de irregularidades desde 2013.

“Nós temos confissões, temos extratos bancários que mostram a circulação desse dinheiro, como foi desviado da finalidade, foi parar em conta dos gestores à época e de pessoas vinculadas, familiares deles. E também temos as notas fiscais fraudadas, assim reconhecidas pelos próprios participantes dos serviços que não foram realizados e foram atestados como se tivessem ocorrido”, afirmou Gistavo Ungaro, controlador-geral.

A Controladoria Geral do Município envia os processos concluídos para o Ministério Público, que também apura as irregularidades no teatro e ouve os envolvidos.

A defesa de Irineu Ferreira disse que desconhece a condenação e entende que os serviços prestados tiveram resultado útil ao teatro. O Instituto Brasileiro de Gestão Cultural não se manifestou até a publicação desta reportagem.

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