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Contingente de população de rua da cidade de SP é maior que o número de habitantes da maioria das cidades do estado

O contingente de pessoas em situação de rua já é maior que o número de habitantes da maioria das cidades do estado de São Paulo, de acordo com a Prefeitura.

Contingente de população de rua da cidade de SP é maior que o número de habitantes da maioria das cidades do estado
Contingente de população de rua da cidade de SP é maior que o número de habitantes da maioria das cidades do estado

Redação Publicado em 24/01/2022, às 00h00 - Atualizado às 12h15


O contingente de pessoas em situação de rua já é maior que o número de habitantes da maioria das cidades do estado de São Paulo, de acordo com a Prefeitura. Segundo o novo Censo divulgado no domingo (23), atualmente são quase 32 mil pessoas nas ruas, contando quem pernoita nas ruas. Levando em consideração apenas os que ficam o tempo todo na rua, o aumento registrado pelo Censo é ainda maior: 54%.

De acordo com a Prefeitura, das 645 cidades paulistas, 449, ou 69,6% do total, têm quantidade de moradores menor do que a população em situação de rua aferida na cidade de São Paulo.

Atualmente há 31.884 pessoas nas ruas da cidade. Em 2019, eram 24.344 pessoas: o aumento numérico é de 7.540 pessoas, o equivalente a toda população em situação de rua no Rio de Janeiro.

Enquanto em 2019 havia 24.344 pessoas em situação de rua na cidade, no final de 2021, havia 31.884 pessoas identificadas no Censo. Deste total, 19.209 foram recenseadas quando estavam em logradouros públicos e outras 12.675 enquanto estavam abrigadas nos Centros de Acolhida da rede socioasssistencial do município.

Outro indicador de crescimento é a quantidade de pontos de concentração de pessoas encontrada pelos recenseadores durante o trabalho nas ruas: em 2019, havia 6.816 pontos. Em 2021 o número de pontos de abordagem saltou para 12.438, ou seja: aumentou 82,5%.

O Padre Júlio Lancellotti se dedica há décadas à população em situação de rua, mas não a vê plenamente contemplada nos censos municipais.

“Não é só aquele que está na rua ou está no abrigo. Às vezes ele está em buracos, em lugares inacessíveis. E se você não tem contato com essas pessoas, você não é capaz de saber que elas existem”, afirma Júlio Lancellotti.

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G1

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