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Consórcio assume gestão do Mercado Municipal de SP por 25 anos

A expectativa é que o Mercado Municipal volte a ser movimentado como antes da pandemia, quando quase 50 mil pessoas passavam por ali, segundo os comerciantes.

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Redação Publicado em 17/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h36


Vencedor na licitação, o consórcio Novo Mercado Municipal deverá investir pelo menos R$ 83 milhões em restauração e reformas no prédio do Mercadão, que começou a funcionar em 1933 e foi tombado em 2004.

A Prefeitura de São Paulo assinou na quinta-feira (15), com o Consórcio Novo Mercado Municipal, o contrato para concessão, por 25 anos, do Mercado Municipal Paulistano, o Mercadão, e do Mercado Kinjo Yamato, conhecido como “Cantareira”, ambos localizados na região central da capital.

Nesta sexta-feira (16), a gestão dos locais, símbolos da capital, passaram oficialmente para a iniciativa privada.

O consórcio vencedor, formado por várias empresas, vai pagar R$ 112 milhões, um ágio de 266% em relação ao valor mínimo exigido, que era de cerca de R$ 30,5 milhões. Além disso, deverá investir pelo menos R$ 83 milhões em restauração e reformas.

A expectativa é que o Mercado Municipal volte a ser movimentado como antes da pandemia, quando quase 50 mil pessoas passavam por ali, segundo os comerciantes. Os donos de boxes no local esperam por melhorias com a concessão.

“O mercado vinha se deteriorando aos poucos. Não só a reforma que tem que acontecer, parte de estrutura e estacionamentos, mas vindo a parte de estacionamento já vai ajudar muito, a segurança, isso aí já ajuda o paulistano que vem e os de fora também”, diz o comerciante Silvio Cesar de Oliveira, dono de dois boxes que vendem carne no Mercadão desde 1988.

O Mercadão foi inaugurado em 1933 e com o tempo se tornou um dos dos principais pontos turísticos da cidade. Em 2004, o prédio foi tombado pelo patrimônio histórico.

Apesar da expectativa de melhorias, a concessão também traz uma preocupação para os comerciantes, ainda sem resposta: eles querem saber se os valores que pagam pela utilização dos espaços sofrerão alterações ou não.

Dois milhões de pessoas já passaram pelo Mercado Municipal de São Paulo em dezembro

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Reforma e restauração

O consórcio Novo Mercado Municipal é composto pelas empresas Brain Realty Consultoria e Participações e o Fundo de Investimento Mercado Municipal.

O acordo prevê que, em até 24 meses a contar da data da ordem de início, a concessionária deverá investir obrigatoriamente no restauro e na reforma dos mercados, em conformidade com as especificações técnicas, exigências de operação e ambientais, bem como as normas vigentes e os órgãos de tombamento.

O investimento deve ser de pelo menos R$ 83,1 milhões para realização de restauro e reformas necessárias, entre as quais ampliação e construção de sanitários (incluindo acessíveis), fraldários, iluminação adequada, sistema de aproveitamento de água, correção de danos e reconstituição da fachada, escadas rolantes e elevadores, adequação à acessibilidade, reconstituição e restauro das esquadrias e peças originais do mercado. O objetivo é manter e recompor o projeto original nos dois primeiros anos da concessão.

Além do valor mínimo de oferta, a concessionária também deverá pagar anualmente uma outorga variável que será calculada mediante aplicação de alíquota entre 5% e 10% sob a receita bruta e, em casos de baixo desempenho, será acrescida alíquota de até 5%, a título punitivo.

Atualmente, os mercados trabalham com sistema de boxes, onde os locatários pagam um valor ao mês pelo espaço ocupado. Com a concessão, aqueles que quiserem permanecer e estiverem regulares perante o poder público poderão ficar.

Com área de terreno com 22 mil m², sendo 18.601 m² de área construída, o Mercado Municipal possui boxes, áreas comuns, área de eventos, área de reciclagem, espaço gourmet, área administrativa, restaurantes, além de vagas de estacionamento. o imóvel é tombado pelo patrimônio histórico para a preservação da memória.

Já sobre o Mercado Kinjo Yamato, foi inaugurado em 1936, voltado para o abastecimento de hortifrútis. Funcionam no local atividades como: peixaria, lanchonete, doçaria e floricultura. O imóvel também é tombado para a preservação da memória.

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Fonte: G1 – Globo.

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