Em um canto logo na entrada do plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), uma porta dá acesso a uma sala toda em tons de marrom, móveis e
Redação Publicado em 10/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h47
Em um canto logo na entrada do plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), uma porta dá acesso a uma sala toda em tons de marrom, móveis e paredes de madeira, chão de taco. Ali, deputados do estado se reúnem para conversas importantes antes e durante as votações – na hora de a “onça beber água”, dizem.
O G1 entrou nesta sexta-feira na sala Furna da Onça, que deu nome à mais recente fase da Operação Lava Jato, deflagrada na última quinta-feira (8).
Os dez deputados alvos de mandado de prisão, todos acusados de corrupção, eram frequentadores do espaço. Segundo a força-tarefa da Lava Jato, eles participaram de um “mensalinho” para compra de votos e distribuição de cargos, iniciado no primeiro governo de Sérgio Cabral, em 2007, e mantido até 2018.
É na Furna da Onça que os parlamentares discutem votações, negociam apoios e debatem questões que são decididas em plenário. Uma placa deixa claro que, lá dentro, o clima costuma esquentar.
“Essa pequena sala, revestida com lambris de imbuia, foi projetada para atender à necessidade de realização de rápidas reuniões durante as sessões. É chamada de Furna da Onça por ser o local das mais inflamadas discussões entre os parlamentares.”
Outras duas placas de ferro reforçam que só parlamentares podem usar o cômodo: “Uso privativo e exclusivo dos srs. deputados”.
Dentro da sala, o estilo remete ao início do século passado. Além do mobiliário de madeira, a fechadura é dourada, as poltronas de couro mantém o tom antigo e tradicional. De moderno, só uma televisão, um computador e um telefone.
Na quinta-feira, a Polícia Federal cumpriu 22 mandados de prisão. Sete deputados estaduais do Rio de Janeiro foram presos e outros três que já estavam na cadeia tiveram outros mandados cumpridos – os dez parlamentares presos representam um sétimo das 70 cadeiras da Alerj.
As investigações apontaram que os envolvidos recebiam propinas mensais que variavam de R$ 20 mil a R$ 100 mil – além de cargos – para votar de acordo com o interesse do governo. O esquema teria movimentado pelo menos R$ 54 milhões, segundo a PF.
Dentre os presos estão: o deputado estadual Chiquinho da Mangueira (PSC), presidente da escola de samba; André Corrêa (DEM), seu colega de Alerj e ex-secretário de Meio Ambiente. Três dos parlamentares já haviam sido presos no ano passado: Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do MDB.
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