A concessionária que administra a malha ferroviária na região noroeste paulista disse que vai investigar as causas do descarrilamento de um trem no perímetro
Redação Publicado em 17/06/2017, às 00h00 - Atualizado às 11h56
A concessionária que administra a malha ferroviária na região noroeste paulista disse que vai investigar as causas do descarrilamento de um trem no perímetro urbano de Catanduva (SP), na manhã desta sexta-feira (16). A polícia também deve investigar o caso.
O trânsito no cruzamento onde aconteceu o descarrilamento ainda está impedido e não há previsão de quando vai ser liberado. Os funcionários da concessionária Rumo passaram a sexta-feira trabalhando. Um maçarico foi usado para cortar os trilhos e uma retroescavadeira removeu a ferragem e os dormentes de concreto, tudo para facilitar a retirada dos vagões que descarrilaram.
Sete vagões carregados com açúcar saíram dos trilhos, dois deles tombaram e um quase invadiu um galpão abandonado. O trem vinha de Fernandópolis (SP) com destino ao Porto de Santos.
O descarrilamento foi a poucos metros de um cruzamento no bairro São Francisco, região central de Catanduva. Um local extremamente movimentado, mas o que mais preocupa os moradores é que está não é a primeira vez que esse tipo de acidente ocorre no bairro. Em 2014, vagões descarrilaram e atingiram um muro de uma escola, a poucos metros do local.
Na hora do acidente vários alunos estavam em aula. O muro que cercava o pátio da escola ficou destruído e uma das salas também foi atingida. Apesar do susto, ninguém se machucou. Na época, durante a vistoria da malha ferroviária, muitos dormentes em más condições foram encontrados.
Só em 2014, quatro descarrilamentos foram registrados em Catanduva. O prefeito Afonso Machione Neto diz que está esperando o Dnit, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, aprovar um projeto ambiental para liberação da retirada da linha de dentro da cidade.
“Demora muito porque mesmo tendo os recursos, demanda processo de desapropriação de terras do novo traçado, não dá para precisar quanto tempo”, afirma o prefeito.
A Rumo falou ainda que desde que assumiu a concessão em 2015, vem fazendo investimentos na ferrovia e que em Catanduva foram gastos mais de R$ 2 milhões na troca de trilhos e instalação de dormentes de concreto.
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