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Comunicação, a competência chave

Nas minhas interações diárias com executivos, tanto em processos de Coaching quanto em entrevistas para posições de alta gestão nas maiores empresas do país,

Comunicação, a competência chave
Comunicação, a competência chave

Redação Publicado em 12/07/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h27


Nas minhas interações diárias com executivos, tanto em processos de Coaching quanto em entrevistas para posições de alta gestão nas maiores empresas do país, tenho a grande oportunidade de conversar com pessoas privilegiadas, com um nível intelectual normalmente acima da média e competências técnicas e de gestão incríveis.

Hoje em dia, nesse patamar de executivos, é muito difícil diferenciarmos candidatos, pois a grande maioria deles teve acesso tanto a formação de primeira linha com cursos nas melhores universidades, idiomas e vivência quanto experiências práticas que moldaram seu perfil executivo. Qual seria então a competência chave e diferenciadora na hora de decidirmos qual candidato enviamos ao nosso cliente e qual infelizmente acabamos tirando do processo? Me atrevo a dizer que a Comunicação é a que mais se destaca, sendo que muitas vezes ela é negligenciada pelos executivos e deixada em segundo plano no seu desenvolvimento.

Como qualquer competência soft, medir comunicação acaba sendo mais uma arte do que uma ciência exata e os detalhes fazem toda a diferença nessa hora. Mas como medimos a Comunicação de um candidato em uma entrevista? Primeiramente analisamos o nível de energia desse executivo. O mercado não está fácil e alguém com nível baixo de energia não vai conseguir motivar e engajar sua equipe. O segundo ponto que medimos é se o candidato consegue transmitir segurança e credibilidade no seu discurso, ou seja, se consegue contar sua história ou vender uma ideia de uma forma que o interlocutor acredite estar diante da melhor solução. Medimos a articulação para entender se a mensagem é passada de forma direta ou se o discurso acaba ficando prolixo. Por fim tentamos entender aspectos mais detalhados do estilo de comunicação do candidato, tentando simular experiências passadas que envolveram momentos difíceis e de tensão e qual foi a saída encontrada. Obviamente que somado ao processo de entrevistas, sempre checamos referências dos candidatos por superiores, pares e subordinados que interagiram diretamente com eles. Muitas vezes conseguimos excelentes inputs nessa fase do processo, descredenciando aqueles que tinham um discurso bonito mas que na prática não agiam da mesma forma.

Minha sugestão se você quiser subir na carreira é muito direta. Invista na sua Comunicação, ela é o seu cartão de visitas. Aprenda a escutar mais do que falar, peça feedback, invista em processos de autoconhecimento como Coaching ou Mentoring e interaja mais com o seu time.

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