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Compra suspeita de fazenda de R$ 22 milhões levam candidato a Prefeito à Justiça

 Fernando Cunha, candidato a prefeito em Olímpia, é acusado de manipular homem doente e comprar fazenda por preço oito vezes menor.

Compra suspeita de fazenda de R$ 22 milhões levam candidato a Prefeito à Justiça
Compra suspeita de fazenda de R$ 22 milhões levam candidato a Prefeito à Justiça

Redação Publicado em 06/09/2016, às 00h00 - Atualizado às 15h22


 Fernando Cunha, candidato a prefeito em Olímpia, é acusado de manipular homem doente e comprar fazenda por preço oito vezes menor.

O candidato a prefeito de Olímpia, ex-deputado estadual, Fernando Cunha (PR) é acusado de ter comprado uma fazenda avaliada em R$ 22 milhões por apenas R$ 3 milhões. A ceramista Nicole Lunardelli Toldi, de Santo Amaro, acusa o político de ter enganado a seu pai, Luciano Lunardelli, morto em maio de 2012, que na época da transação tratava um câncer terminal, e segundo a filha, o pecuarista já não estava em condições de realizar um negócio dessa monta.
Inconformada com a atitude de Fernando Cunha, a filha entrou na Justiça para anular o negócio realizado com seu pai. O negócio sido fechado entre Cunha e Luciano Lanardelli, no escritório que os dois dividiam em São Paulo. Fernando Cunha conseguiu, inclusive, uma procuração de Lucina que lhe dava amplos poderes, de até representar o outorgante e o outorgado. Ou seja, Cunha representa a si mesmo e ao antigo dono da fazenda. Foi com base nesta procuração que Fernando teria feito negócio com ele mesmo.
A fazenda em questão tem uma área de 638 alqueires, equivalente a cerca de 15,3 milhões metros quadrados, localizada no município de Reginópolis, região de Bauru, interior de São Paulo.  A propriedade foi comorada por Fernando Cunha pelo valor de R$ 3 milhões, pagos em duas vezes, sendo a entrada de R$ 2 milhões e R$ 1 milhão através de nota promissória. O candidato não foi localizado para comentar sobre o caso.
DÍVIDA IPTU
O empresário William Rajes Sakr, que também é alvo de Cunha em uma ação de dissolução de um contrato para a construção de um hotel em Rio Preto, alega que Cunha também teria dado um calote de quase R$ 500 mil. A batalha judicial dos dois veio à tona depois que o candidato revelou outro calote de R$ 250 mil, referente à dívida de IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) com a Prefeitura de Rio Preto.
NEGÓCIO COM SCAMATTI
William Sakr e Fernando Cunha, além de negócios com empreendimento comercial, o hotel em Rio Preto e os dois contratos referentes à cultura de cana-de-açúcar, também fizeram negócios com o grupo empresarial Sacamatti, de Votuporanga, acusado de liderar um esquema de fraudes de licitação para pavimentação, que segundo o Ministério Público, pode ter desviado dos cofres de mais setenta prefeituras, cerca de R$ 1 bilhão.
Os dois sócios venderam ao grupo empresarial de Votuporanga, um avião n qual eram sócios também. Na venda, Fernando Cunha teria ficado com a maior parte do dinheiro, cerca de R$ 1,1 milhão enquanto a William foram repassados R$ 600 mil e nada mais.
TERRENO DA DISCÓRDIA
Um terreno avaliado, pelo próprio Fernando Cunha em mais R$ 30 milhões, localizado numa das áreas mais valorizadas de Rio Preto, ás margens do Park  do Rio Preto, na avenida Philadelpho Gouveia Neto, é o motivo principal da briga com o empresário William Sakr. Cunha, em recente entrevista a Difusora de Olímpia, Fernando Cunha confirmou que ele e seu sócio devem mais de R$ 250 mil de IPTU a Prefeitura da cidade.
Cunha conta que tentou por diversas vezes desfazer o negócio, mas não houve acordo. Ele afirmou que tentou pagar o IPTU, mas que se sócio também não concordou. Uma ação contra os donos do terreno foi proposta pela Prefeitura, tramitando na 2ª Vara da Fazenda de Rio Preto.
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