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Competição apresenta engenhocas para a pandemia e após ela

O Global Grad Show é uma competição da engenhosidade acadêmica , anunciada como a "principal exposição mundial de design inovador de graduação". O evento

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Redação Publicado em 19/04/2020, às 00h00 - Atualizado às 22h03


Há desde armários auto-higienizantes para hospitais a depósitos ao ar livre

O Global Grad Show é uma competição da engenhosidade acadêmica , anunciada como a “principal exposição mundial de design inovador de graduação”. O evento acontece todos os anos em novembro, como parte da Dubai Design Week, nos Emirados Árabes.

Mas uma edição de emergência foi rapidamente convocada para buscar ideias para lidar com a pandemia de coronavírus, que deixou grande parte do mundo paralisada.

Entre as propostas mais atraentes , estão armários inteligentes auto-higienizantes para funcionários do hospital e delivery ao ar livre, que permite aos entregadores evitar o contato pessoal com clientes.

Os organizadores enviaram, no mês passado, um convite aberto às instituições de ensino superior de todo o mundo para propostas que “identifiquem e tratem de uma questão crítica em torno da Covid-19”.

“Existem duas maneiras de responder a uma crise”, diz Brendan McGetrick, chefe de curadoria da Global Grad Show. “Um é defensivo e outro criativo. É positivo que as pessoas fiquem em casa neste momento. Mas também não podemos apenas nos esconder e esperar que isso acabe.”

Sem parâmetros

Nenhum critério foi imposto foi aos participantes. O objetivo era maximizar a amplitude da inovação. Mas os projetos devem ter uma perspectiva realista de implementação a curto prazo, pois os organizadores da competição, apoiados pelos recursos da Corporação de Investimentos de Dubai, pretendem transformar as ideias em realidade – e rapidamente .

“Quaisquer projetos que sejam aceitos, ajudaremos a desenvolver e tentar concretizar e também forneceremos suporte financeiro “, diz McGetrick. “Não devem ser coisas que levarão anos de pesquisa e desenvolvimento, porque não temos anos”.

Quase 400 propostas foram recebidas. Os organizadores compilaram uma lista restrita, com inovações que abrangem desde aquelas relativamente simples, como uma alça para evitar tocar objetos com as mãos, até as tecnicamente audaciosas, como um sistema para rastreamento inteligente de alimentos.

Muitos projetos concentram-se no apoio a trabalhadores-chave, como equipes médicas e entregadores de mercadorias. Outras inovações protegem o público, como uma casa “quarentente”, para permitir o isolamento em uma residência com outras pessoas.

Isso seria possível graças a uma conexão de água separada e a um telhado semitransparente para permitir a entrada de luz natural, além de “traje de despedida” em conformidade aos padrões de saneamento hospitalar, que permitiriam aos familiares visitar parentes doentes sem risco de infecção.

Inovação global

Como a pandemia de coronavírus atingiu praticamente todos os cantos do mundo, é apropriado que a competição tenha atraído  inscrições de muitos países, da Itália ao Irã, do Japão aos EUA.

Uma estudante do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos EUA, projetou um sistema de sensores aderentes – ou tatuagens – chamado Touch, para impedir que o usuário toque seu rosto.

“A tatuagem no pulso do usuário contém pequenos motores que causam vibrações de luz quando chegam ao alcance dos sensores de ouvido, alertando o usuário z interromper a ação”, explica Teachout. “Com o tempo, o ‘toque’ condicionará o usuário a reduzir ou interromper o comportamento contagioso do contato entre o rosto e as mãos”.

Próximos passos

Um júri de especialistas em saúde, inovação e tecnologia avaliará a lista restrita nas próximas semanas e selecionará os projetos a serem levados adiante.
Não há limite para o número que poderia atingir esse estágio, diz McGetrick. Também não há um prazo estrito para a entrega de um projeto e sua preparação para acesso público.

Mas a prioridade para todos os envolvidos na competição é fazer a diferença nessa luta global e não perder tempo.

IG

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