Diagnosticado com paralisia cerebral na infância, Samuel Bortolin de 28 anos superou todas as expectativas e surpreendeu toda sua família. Ele fez duas
Redação Publicado em 26/03/2017, às 00h00 - Atualizado às 09h46
Diagnosticado com paralisia cerebral na infância, Samuel Bortolin de 28 anos superou todas as expectativas e surpreendeu toda sua família. Ele fez duas faculdades e está treinando para participar de uma prova de triathlon. Os treinos são realizados em uma academia e em um clube de São José do Rio Preto (SP).
Samuel nasceu com paralisia cerebral, a deficiência atingiu os movimentos das duas pernas e de um braço. Os diagnósticos indicavam que ele não iria nem andar. Persistiu e deu seus primeiros passos apenas aos seis anos de idade. A partir daí, não existiram mais obstáculos na vida do jovem. Ele se formou em duas faculdades, direito e educação física, morou sozinho e chegou até a fazer um intercâmbio no exterior.
O neurologista Lucas Mequin explica que com esforço é possível vencer a paralisia. “Pacientes como o Samuel, ao longo do desenvolvimento, podem ter a recuperação das funções cognitivas. É brilhante ver que temos pacientes que até os dois anos de idade tiveram seus problemas e hoje já mostram uma recuperação extraordinária, a ponto de chegar a uma faculdade e ter uma vida social perfeita”, afirma.
Como conseguiu andar, Samuel percebeu que também era possível correr e se tornar um atleta. Hoje ele corre no mínimo cinco quilômetros por dia e participa de várias provas de 10 quilômetros, onde sempre consegue concluir todas elas. Sempre determinado a ter uma vida independente, ele está se preparando para uma prova de triatlon, que acontecerá em outubro.
“Cheguei a um ponto de autonomia, apenas faço as coisas um pouco mais devagar, mas faço sem depender de ninguém. Hoje corro 70 quilômetros por mês. A energia que gasto é três ou quatro vezes maior de uma pessoa convencional, mas meu parâmetro é esse e sigo ele. Hoje não tenho problemas para fazer 5 quilômetros”, afirma Samuel.
Além de correr, Samuel também pratica natação, 750 metros na água pelo menos 3 vezes na semana. A disposição para tantos treinos vem da própria consciência, pois ele sabe que se parar com os exercícios a musculatura atrofia, e ele acaba perdendo os avanços que conquistou até hoje.
Sua mãe, Ariane Bortolin da Silveira, mora na Bahia e desde quando descobriu a paralisia do filho, encarou a deficiência como um obstáculo e não uma barreira. “Tudo que eu tenho dele é gratificante, ele já superou todas as coisas, todos os obstáculos. Cada situação que vem dele, nem eu, nem meu marido e nem meus filhos esperávamos. É muito bom ver toda essa vitória e ver que tudo que ele alcançou até hoje é mérito dele.”
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