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Com pandemia, 8,9 milhões de brasileiros perderam emprego no segundo trimestre

A pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) fez com que mais de 8,9 milhões de empregos fossem perdidos no país durante o segundo trimestre deste ano, período

Com pandemia, 8,9 milhões de brasileiros perderam emprego no segundo trimestre
Com pandemia, 8,9 milhões de brasileiros perderam emprego no segundo trimestre

Redação Publicado em 06/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h30


Foi a maior perda de vagas desde 2012, início da série histórica, segundo o IBGE. Desemprego subiu para 13,3% no trimestre encerrado em junho

A pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) fez com que mais de 8,9 milhões de empregos fossem perdidos no país durante o segundo trimestre deste ano, período mais crítico da doença, na comparação com os três primeiros meses do ano. Os dados são da Pnad Contínua, divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda é a maior na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. No primeiro trimestre, 92,2 milhões de brasileiros estavam ocupados, número reduzido drasticamente entre abril e junho. Hoje o Brasil tem 83,3 milhões de ocupados.

Os efeitos ainda não são sentidos na taxa de desemprego , de 13,3% para o periodo. Pela metodologia do IBGE, é considerado desempregado apenas quem efetivamente procura emprego e não acha. Quem desiste ou suspende a busca no período coberto pela pesquisa, não entra na estatística. São mais de 12,8 milhões de desocupados nessas condições.

Economistas afirmam que a alta do desemprego deve ser uma tendência nas próximas semanas. Indicadores como a taxa de isolamento estão caindo a cada dia, enquanto dados de mobilidade urbana apresentam elevação.

À medida que o distanciamento social é flexibilizado, mais pessoas tendem a procurar emprego, mas não encontrarão pelo baixo dinamismo da economia. Com isso, o mercado de trabalho fica mais pressionado.

Outros fatores como a diminuição do medo de contágio e o fim do auxílio emergencial e do seguro-desemprego também podem acelerar a alta nos próximos meses. Com a única fonte de renda de muitas famílias ficando escassa, a tendência é que mais pessoas saiam de casa na busca por uma vaga.

Atualmente, mais da metade da população em idade de trabalhar está sem ocupação.

iG
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