O lançamento dos novos iPhones enterrou de vez um velho conhecido dos fãs da Apple: o botão Home dedicado a retornar à tela inicial, repleta de aplicativos. O
Redação Publicado em 13/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h47
O lançamento dos novos iPhones enterrou de vez um velho conhecido dos fãs da Apple: o botão Home dedicado a retornar à tela inicial, repleta de aplicativos. O regular iPhone XS, o grandão iPhone XS Max e o mais simples iPhone XR repetem o desenho industrial do iPhone X, de 2017. A tela toma a maior parte da frente dos smartphones, garantindo uma experiência mais imersiva em vídeos e jogos. Os preços nos Estados Unidos começam em US$ 749 e podem chegar a US$ 1.449. Pois é, a empresa da maçã mais uma vez sobe o valor de seus produtos, para desespero dos brasileiros que acompanham a recente subida no valor do dólar.
Com direito ao CEO Tim Cook e demais dirigentes, nesta quarta-feira (12) eu estive no evento que revelou os produtos, apresentou as respectivas fichas técnicas e as novidades do iOS 12. Depois, a Apple nos possibilitou o primeiro contato com a geração 2018/2019 do iPhone. Já deu para ter as primeiras impressões.
Ninguém sabia qual seria o nome dos novos dispositivo. Ainda se falava em iPhone 9 quando foi confirmado o iPhone XS, espécie de sucessor do iPhone X do ano passado. Antecipando-me à principal dúvida sobre o aparelho, digo que a pronúncia adotada pela Apple é “iPhone DEZ ESSE”, visto que se trata de um algarismo romano.
Talvez o mais importante seja notar que as dimensões (altura e largura) permanecem as mesmas, inclusive com tela de 5,8 polegadas e painel OLED capaz de exibir imagens incríveis e vibrantes.
Quem tem iPhone X facilmente se adaptará ao modelo S, pois as novidades ficam por conta das especificações mais modernas. O processador A12 Bionic está mais rápido, como é de costume nos lançamentos da indústria de smartphones. Sabe o desbloqueio facial? Você olha para o iPhone e ele libera o acesso aos aplicativos desde 2017, mas agora a tecnologia do Face ID está mais veloz e certeira.
O iPhone XS ganha novos recursos de inteligência artificial para melhorar a vida dos fotógrafos de plantão. Ao pressionar o botão de câmera, o telefone captura diversas imagens seguidas e depois escolhe as mais nítidas e bonitas. Na sequência, combina tudo num só arquivo em que as áreas mais claras e as mais escuras da imagem são integradas para gerar um resultado perto da perfeição. A tecnologia batizada de Smart HDR funciona até mesmo em situações intensas, como alguém pulando na piscina, o que não é possível com o HDR tradicional.
Ainda em relação à câmera, convém notar que o famoso efeito retrato fica mais sofisticado na safra 2018. O usuário pode determinar a intensidade do efeito que deixa o fundo desfocado e coloca o protagonista da foto em seu devido esplendor. Até então, iPhones permitiam ativar ou desativar o foco dinâmico, mas não ajustá-lo conforme o gosto do freguês.
Estamos falando de celulares de ponta aqui, com a mais alta tecnologia do momento. Não por acaso, a promessa é de maior velocidade para gráficos e tarefas complexas, e também de menor consumo de energia.
Interessados pelo iPhone XS podem escolher entre três cores: dourado, prateado e cinza espacial. O aço inoxidável usado na construção do aparelho é mais brilhante que no iPhone X, tornando fácil identificar os novos modelos zanzando pelas ruas.
São três opções de armazenamento: 64 GB por US$ 999, 256 GB por US$ 1.149 e 512 GB por US$ 1.349. Os valores são em dólares e sem taxas/impostos. Prateleiras dos Estados Unidos começam a receber os produtos em 21 de setembro. Eles estão confirmados para desembarcar no Brasil “até o fim do ano”, enquanto os respectivos valores permanecem um mistério.
A tara por telonas em celulares é uma realidade, vide todos estes anos em que a linha Galaxy Note está na praça. Desta vez, a Apple vai além com o iPhone XS Max e seu display de 6,5 polegadas. Falando assim, pode parecer que o celular vira um jumbo dentro do bolso, mas a realidade é que ele praticamente repete as mesmas dimensões do iPhone 8 Plus – inclusive, há quem o chame de iPhone XS Plus, a despeito de não ser o nome oficial.
Detalhe da lateral do iPhone XS Max cinza espacial; carcaça em aço inoxidável e traseira em vidro — Foto: Thássius Veloso/TechTudo
Contrariando fala de analistas e vazamentos, a Apple deixa de fora a suposta compatibilidade com o lápis digital Apple Pencil, o que faria do Max um rival direto do Galaxy Note 9. Por falar em Samsung, o recente lançamento da sul-coreana traz tela de 6,4 polegadas. Fica, portanto, ligeiramente atrás do iPhone XS Max.
O Max no nome tem a ver com a bateria. Mais potente, ela oferece autonomia superior aos modelos do ano passado. De acordo com a Apple, consumidores ficarão até uma hora e meia a mais longe da tomada.
Tal qual o XS, o XS Max é vendido em dourado, prateado e cinza espacial. Também são três opções de armazenamento: 64 GB por US$ 1.099, 256 GB por US$ 1.249 e 512 GB por US$ 1.449. Não é desta vez que veremos entrada para microSD nos novos iPhones. Quem realmente precisa de espaço ainda deve correr para o Android.
A Apple não anunciou preço do iPhone XS Max no Brasil.
Lembra quando a Apple anunciou o iPhone X com o polêmico recorte na tela? Faz um ano que a companhia taxa o modelo X de futurista. Agora este mesmo futuro chega para todos os smartphones, inclusive o mais barato deles: estou falando do iPhone XR – pronuncia-se “iPhone DEZ ERRE”.
Com o lançamento, o interessante controle por gestos está presente inclusive no telefone mais simples. O usuário movimenta o polegar para cima e retorna à tela inicial, ou rapidamente o desliza na horizontal para ver os apps abertos recentemente. A boa notícia é que costuma ser rápida a curva de aprendizado para se adaptar à nova forma de navegação.
Donos de Android que pensam em migrar para iOS também devem se sentir em casa, pois as principais fabricantes deram tchau para o botão Home físico faz algum tempo.
O iPhone XR traz tela de 6,1 polegadas (sim, maior que a do iPhone XS), porém com painel em LCD. Não chega a ser o superbrilhante OLED dos irmãos mais caros, mas a Apple afirma que é o melhor painel do tipo disponível do mercado.
Salta aos olhos a diferença de definição da tela: o iPhone XR tem densidade de 326 pixels por polegada enquanto o iPhone XS e o iPhone XS Max oferecem 428 pixels por polegadas. Numa comparação simplificada, é como colocar lado a lado uma televisão Full HD (que já tem boas imagens) com uma smart TV 4K. Esta última exibe mais detalhes dos rostos dos artistas e da cenografia de um filme, por exemplo.
O quesito fotografia também mostra que o iPhone XR é, sim, mais simples. Em vez de câmera dupla, ele traz somente uma lente/sensor grande angular. Isso quer dizer que os usuários não contam com o zoom óptico de 2x, talvez a principal utilidade da câmera secundária.
Ao menos o modo retrato está mantido. Assim como faz o Google e outras fabricantes, a Apple emprega software para detectar as pessoas e desfocar o fundo. E, seguindo as mesmas características dos modelos S, disponibilidade o ajuste de intensidade.
As bordas pretas ao redor da tela do R são pouca coisa mais espessas que do XS e XS Max. É quase imperceptível. Já a construção do telefone depende de alumínio, metal menos nobre e resistente que o aço dos produtos mais caros.
Viúvos do iPhone 5C devem encontrar refúgio no iPhone XR e sua sorte de cores: preto, branco, vermelho, amarelo, azul e coral (espécie de laranja). São três opções de armazenamento: 64 GB por US$ 749, 128 GB e 256 GB. O telefone desembarca nos Estados Unidos em outubro. Está confirmada a chegada ao Brasil também até o fim de 2018. Preço? Só Tim Cook sabe.
Você deve ter percebido que os preços são listados em dólar enquanto a Apple não oficializa os valores sugeridos para o mercado nacional. No entanto, os viajantes que pensam em comprar os novos iPhones nos Estados Unidos precisam ficar atentos à compatibilidade com a rede 4G.
Resumo da ópera: os novos iPhones vão funcionar com o 4G mais antigo em uso no Brasil, mas talvez não consigam se conectar ao 4G mais recente, que está em expansão principalmente em regiões urbanas. De acordo com a publicação brasileira Tecnoblog, que descobriu o entrave, pode ser mais interessante importar os novos modelos da Europa.
Em resposta ao TechTudo, a Apple Brasil informou que prestará assistência aos consumidores que comprarem os celulares nos Estados Unidos. Caso não funcionem corretamente no 4G do cliente, existe ainda a possibilidade de substituir o produto “importado” por outro vendido oficialmente no país.
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