A partida não foi exatamente bonita de se ver, mas houve emoção. Como já esperado, a Suécia impôs sua forte marcação e conseguiu sair de campo sem ser vazada
Redação Publicado em 03/07/2018, às 00h00 - Atualizado às 16h10
A partida não foi exatamente bonita de se ver, mas houve emoção. Como já esperado, a Suécia impôs sua forte marcação e conseguiu sair de campo sem ser vazada pela terceira vez na Copa, em quatro partidas. Isso, porém, só significou uma vitória por 1 a 0 graças a Emil Forsberg, o craque da equipe. Sem ser brilhante, levou o time à frente com habilidade nos contra-ataques e foi quem teve a coragem – que às vezes faltou a alguns jogadores – para arriscar um chute quando o espaço apareceu. Aos 20 minutos do segundo tempo, Forsberg contou com desvio de Akanji para sair para o abraço e colocar a Suécia nas quartas, o que não acontecia há 24 anos, na Copa de 1994.
A Suíça buscou o empate, já no desespero, mas não foi capaz de transpor a sólida barreira sueca. Poderia ter rendido mais e volta para a casa sem passar das oitavas de final, fato que aconteceu pela última vez no distante Mundial de 1954. A Suécia agora aguarda o adversário das quartas, que sairá do jogo Colômbia x Inglaterra, que fecha as oitavas logo mais, às 15h (de Brasília).
Forsberg não é um craque, mas é o único jogador sueco capaz de jogadas agudas, de mais recurso, de dribles, enfim, de arriscar lances ofensivos. O meia do RB Leipzig tem plena consciência disso, como demonstrou hoje. Puxou contra-ataques perigosos, errou fundamentos em dados momentos – porque tentou – e foi premiado por insistir em levar um time essencialmente defensivo ao ataque. Aos 20 minutos da etapa final, carregou a bola para o meio e finalizou com força. A bola desviou em Akanji e não deu chance ao goleiro Sommer. Ainda foi importante na defesa, bloqueando cabeceio de Embolo em cima da linha. A Suécia já está agradecendo muito a Forsberg por essa classificação. Com justiça, foi eleito pela Fifa o homem do jogo.
A chegada às quartas de final em 2018 é bastante representativa para a Suécia. O momento nórdico de mais glória veio lá nas primeiras edições de Copa do Mundo. No Mundial de 1938, um quarto lugar. Em 50, no Brasil, o terceiro lugar. Em 1958, quando foi anfitriã, perdeu o título para a seleção canarinha, de Pelé. Depois do vice, a Suécia amargou décadas sem brilho até a grande campanha de terceiro lugar em 1994, nos Estados Unidos, liderada pelo meia Tomas Brolin. Desde então, havia sido eliminada duas vezes nas oitavas e só. Até onde podem ir os comandados de Janne Andersson?
A Suécia está nas quartas de final e terá pela frente o vencedor do confronto entre Colômbia e Inglaterra, às 15h (de Brasília) desta terça-feira, em Moscou. O duelo das quartas, quando definido, será no próximo sábado, dia 7 de julho, às 11h (de Brasília), em Samara. A Suíça está eliminada.
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