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COI suspende investigação de protesto feito no pódio pela norte-americana Raven Saunders

O ato vai contra a recomendação do COI, que determinou que protestos estariam vetados durante as premiações da Tóquio 2020. A permissão seria válida apenas

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Redação Publicado em 04/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h01


O Comitê Olímpico Internacional suspendeu as investigações do protesto feito no pódio pela norte-americana Raven Saunders. Mulher, negra e lésbica, a atleta levou a medalha de prata pela primeira vez na carreira no arremesso de peso e fez gesto em prol dos oprimidos após receber a medalha.

Raven Saunders ergueu os braços e cruzou os punhos sobre a cabeça. Essa foi a primeira manifestação feita durante uma cerimônia de premiação dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

O ato vai contra a recomendação do COI, que determinou que protestos estariam vetados durante as premiações da Tóquio 2020. A permissão seria válida apenas para opiniões expressadas durante as coletivas de imprensa e competições, desde que sem interromper os eventos, nem desrespeitar outros atletas.

Porém, após divulgar que o gesto estava em análise junto ao órgão internacional que rege o Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos, o COI suspendeu as investigaçõesm conforme divulgou o porta-voz do COI, Mark Adams nesta quarta-feira, no horário do Japão.

Conhecida como “Mulher Hulk”, Saunders dividiu o pódio com a chinesa Lijiao Gong (ouro), e Valerie Adams, da Nova Zelândia, que ficou com a medalha de bronze. Segundo ela, o gesto com os punhos em “X” representa o destino comum onde os oprimidos se encontram.

Raven Saunders usa máscara em prova do atletismo — Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach

Raven Saunders usa máscara em prova do atletismo — Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach

Manifestação política ainda é investigada

Por outro lado, o Comitê Olímpico Internacional segue apurando sobre as manifestações políticas feitas pelas ciclistas chinesas Bao Shanju e Zhong Tianshi, que usaram os emblemas com a cabeça do ex-líder Mao Tsé-tung, durante o pódio. As duas foram medalhistas de ouro.

Segundo o COI, o Comitê Olímpico Chinês disse que fornecerá um relatório “em breve” sobre o caso e informou que o episódio não se repetirá nas Olimpíadas.

 Bao Shanju e Zhong Tianshi usam broches alusivos a ditador — Foto: Reuters

Bao Shanju e Zhong Tianshi usam broches alusivos a ditador — Foto: Reuters

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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