Diário de São Paulo
Siga-nos

COI confirma 18 novos casos de Covid-19 ligados aos Jogos Olímpicos

Quase 300 pessoas ligadas aos Jogos Olímpicos de Tóquio foram contaminadas pela Covid-19 desde o início da competição. Nas últimas 24 horas, 18 novos casos

OLIMPICO
OLIMPICO

Redação Publicado em 03/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h17


Quase 300 pessoas ligadas aos Jogos Olímpicos de Tóquio foram contaminadas pela Covid-19 desde o início da competição. Nas últimas 24 horas, 18 novos casos foram identificados, entre eles um atleta. Foi o que mostrou o novo balanço do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ao todo, 28 competidores que desembarcaram no Japão em busca do sonho olímpico acabaram infectados pelo vírus. Apesar do registro, o número ainda é baixo em comparação com aqueles registrados diariamente na capital japonesa. Ao menos, é o que defende a organização.

No último sábado, a cidade de Tóquio bateu recorde de casos de Covid-19, chegando a 4.058 infecções em apenas 24 horas. Nesta segunda-feira, o índice caiu, mas ainda se manteve em alta, com 2.195 pessoas contaminadas pelo coronavírus. Dos 299 casos ligados aos Jogos Olímpicos, anunciados nesta terça-feira, 179 são de pessoas residentes no Japão.

Em entrevista concedida nesta terça-feira, o porta-voz do COI, Mark Adams, reconheceu os desafios para blindar os atletas e demais funcionários da exposição ao coronavírus, mas exaltou os esforços realizados desde o início da competição em solo japonês, com foco na testagem em massa dos participantes.

Porta-voz do COI, Mark Adams concedeu entrevista em Tóquio — Foto: IOC | Greg Martin

Porta-voz do COI, Mark Adams concedeu entrevista em Tóquio — Foto: IOC | Greg Martin

– Essa situação não é única no Japão. É claro que temos muita empatia (com a situação vivida pelo país), mas o que posso dizer é que há apenas uma leito de hospital neste momento ocupado por uma pessoa ligada aos Jogos. Não estamos utilizando recursos do governo, e oferecemos 200 médicos para atender a população também fora da Vila. A comunidade dos Jogos Olímpicos é uma das mais testadas do mundo inteiro e a população japonesa precisa compreender isso. A competição, no final, tem um efeito positivo, porque a população fica em casa para assistir as disputas. O que estamos tentando fazer é limitar ao máximo essa situação.

Legado para as crianças

Ao todo, 41.997 estrangeiros desembarcaram no Japão para os Jogos Olímpicos. Masa Takaya, porta-voz do Comitê Organizador, também admitiu as dificuldades da atual situação, e atribuiu a realização dos Jogos Olímpicos a um legado deixado para os mais jovens no Japão.

– Nossa resposta tem se mantido a mesma. É claro que lamentamos a situação, mas o fato de estarmos nos Jogos é uma maneira de pensarmos como podemos contribuir. Lembro de ver uma entrevista com crianças. O que elas vêm na televisão é fabuloso, marca a memória delas, permite que sonhem, desafiem seus objetivos, ter seus objetivos, aceitar passar dias e dias para melhorar seus desempenhos. Há sofrimento nessa situação toda, e lamentamos também a situação nas instituições médicas. Temos toda consideração por esse esforço, mas sabemos que as medidas implementadas nos Jogos estão corretas.

Candy Jacobs, skatista da Holanda, durante quarentena na Vila Olímpica — Foto: Reprodução

Candy Jacobs, skatista da Holanda, durante quarentena na Vila Olímpica — Foto: Reprodução

Quarentena rigorosa rende reclamações

Segundo o COI, um dos casos confirmados nesta terça-feira é de um nadador artístico grego, que não teve o nome identificado, e estava hospedado na Vila Olímpica. Após o resultado dos exames, ele foi conduzido para a quarentena, seguindo os protocolos sanitários pelos próximos 14 dias. A rigidez nas medidas durante o confinamento, aliás, é um dos motivos de reclamações de atletas que testaram positivo para a Covid-19, e que questionam o “mundo paralelo” conduzido pela organização.

Foi o caso da skatista holandesa Candy Jacobs. A atleta de 31 anos reclamou do ambiente vivido durante a quarentena e classificou como desumanas as condições impostas no hotel. Ela chegou a se juntar a outros cinco holandeses para exigir que pudessem abrir as janelas de seus quartos para tomar ar fresco, algo vetado nessas situações.

– Não ter nenhum ar externo é tão desumano. É mentalmente super esgotante, definitivamente mais do que muitos humanos podem lidar – reclamou Jacobs.

.

.

.

Fontes: Ge – Globo Esporte.

Compartilhe  

últimas notícias