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Claudio Loureiro Nunes: SÃO PAULO – A MÁQUINA ESPECIALISTA EM MOER EMPREGOS

Em nome do Covid-19 pode muita coisa hoje em dia. Seguindo a recomendação dos "especialistas", pode suprimir o direito de ir e vir, o direito de trabalhar, o

Claudio Loureiro Nunes: SÃO PAULO – A MÁQUINA ESPECIALISTA EM MOER EMPREGOS
Claudio Loureiro Nunes: SÃO PAULO – A MÁQUINA ESPECIALISTA EM MOER EMPREGOS

Redação Publicado em 14/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h47


SÃO PAULO – A MÁQUINA ESPECIALISTA EM MOER EMPREGOS

Em nome do Covid-19 pode muita coisa hoje em dia. Seguindo a recomendação dos “especialistas”, pode suprimir o direito de ir e vir, o direito de trabalhar, o direito de ganhar o sustento da família.

O resultado da tosca politica adotada pelo estado e prefeitura de São Paulo é a criação de uma máquina especialista em moer empregos. Acredito que uma das mais eficientes do mundo! São Paulo, um dos campeões mundiais em contágio e mortes pelo Covid-19, conseguiu o grande feito de devastar a sua economia e mesmo assim, figurar no TOP 10 no “ranking fim do mundo” noticiado diariamente pelos veículos de comunicação.

O comércio em geral, setor de serviços, a pequena empresa, e sobretudo o setor de hospitalidade em sua totalidade foi “moído” pela política decretada no estado e prefeitura de São Paulo. Em nome do covid-19, para salvar vidas que não foram salvas, iremos presenciar num futuro próximo mortes por fome e violência. Mas estas políticas adotadas ajudaram para que os números de contágio e mortes não fossem maior. Será?

Hoje sabemos que estes “especialistas” que aconselham nossas autoridades canhotas não sabem de nada, seguimos suas recomendações atabalhoadas com menos comprovações científicas do que a cloroquina do presidente Bolsonaro. E nesta toada, empresas e pessoas continuam a tentar sobreviver, a respirar. Difícil.

Na cidade de São Paulo, após a liberação para abertura dos bares e restaurantes com elevadas restrições, o que vimos foi uma horda de fiscais autuando as empresas. Tudo em nome do covid-19, as empresas já em seu último suspiro, foram multadas e tiveram suas atividades suspensas pela avaliação de um fiscal altamente treinado em pandemias mundiais, pelos mesmos “especialistas”. Hoje bares e restaurantes podem funcionar na cidade de São Paulo até as 22h com capacidade no salão reduzida em 60% e sem uso da calçada. A não utilização da calçada, ambiente ao ar livre, mostra o tom autoritário e tosco das políticas adotadas, com sua justificativa de não incentivar a aglomeração e diversão, colocam em risco a saúde das pessoas que hoje são obrigadas a se alimentarem na área interna dos estabelecimentos.

Desde a flexibilização do horário de operação, para fechamento as 22h, foram lacrados 79 bares e restaurantes na cidade de São Paulo. A multa aplicada é de R$9.231,65 para cada 250 metros quadrados do estabelecimento, valor este calculado pelos “especialistas”. Os já devastados bares e restaurantes após 104 dias fechados por decreto, estão agora sujeitos a multa e fechamento caso um fiscal apareça por lá e entenda que você está operando com aglomeração ou utilizando a calçada que é um ambiente aberto e em alguns países o único lugar que é possível operar.

Por aqui, é preciso muito esforço para decifrar e entender os motivos de tamanha barbeiragem pública. São Paulo se tornou especialista em moer empregos e empresas.

CLAUDIO G. LOUREIRO NUNES, é CEO da Tamboré Capital e Colunista do Diário de S. Paulo. Graduado em comunicação e marketing pela FAAP, Pós-Graduado em Finanças no Insper e bacharel em Administração pela Universidade Metropolitana da Florida, EUA. É especialista em Marketing e Gestão de Negócios, responsável pela abertura de importantes operações de hospitalidade e gastronomia no Brasil como TGI FRIDAYS.

Contatos:

IG @claudionunes

Twitter @claudio_nunes

[email protected]

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