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Cientistas dizem que grilos podem ter causado ‘ataques sônicos’ a diplomatas americanos em Cuba

Os “ataques sônicos” denunciados por diplomatas americanos na embaixada de Havana em 2017 podem ter sido causados pelo som de grilos, segundo cientistas dos

Cientistas dizem que grilos podem ter causado ‘ataques sônicos’ a diplomatas americanos em Cuba
Cientistas dizem que grilos podem ter causado ‘ataques sônicos’ a diplomatas americanos em Cuba

Redação Publicado em 07/01/2019, às 00h00 - Atualizado às 14h18


Em 2017, diplomatas se queixaram de dores de cabeça e perda parcial de audição, entre outros sintomas. Governo dos EUA ordenou saída de parte do corpo diplomático em Cuba e expulsou cubanos em Washington.

Os “ataques sônicos” denunciados por diplomatas americanos na embaixada de Havana em 2017 podem ter sido causados pelo som de grilos, segundo cientistas dos Estados Unidos e do Reino Unido.

O caso elevou as tensões entre Cuba e EUA. O governo americano ordenou a saída de parte de seu corpo diplomático da embaixada em Havana e expulsou diplomatas cubanos em Washington.

Os diplomatas se queixavam de sintomas como dores de cabeça, tonturas, perda parcial de audição e até edemas cerebrais. Apesar da origem dos episódios ser desconhecida, o Departamento de Estado os classificou como “ataques”.

Os cientistas analisaram um áudio divulgado pela agência de notícias Associated Press com o som em questão e afirmam que o ruído é de um grilo comum na região do Caribe, o Anurogryllus celerinictus.

O cientista Fernando Montealegre-Zapata, professor de biologia da Universidade de Lincoln, disse ao jornal “The Guardian” que o grilo emite um barulho considerado muito alto(ouça uma gravação do ruído feito pelo animal num site da Universidade da Flórida que não tem relação com o caso dos “ataques sônicos”).

“A gravação é definitivamente de um grilo que pertence ao mesmo grupo”, afirmou. “O som dessa espécie caribenha é de cerca de 7.000 Hz, e é emitida a uma taxa muito alta, o que dá aos seres humanos a sensação de um tinido contínuo e agudo”, explicou.

O estudo, que Montealegre-Zapata fez com Alexander Stubbs, da Universidade da Califórnia, afirma que a gravação divulgada pela AP tem uma estrutura de pulso sonoro diferente da que é emitida por uma fonte natural como um inseto, mas quando o som do grilo é emitido por um alto-falante e gravado em ambientes internos ele se assemelha ao que foi ouvido.

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