Cidade de SP tem 1.400 pontos de descarte irregular frequentes, diz prefeitura

Na Vila Ré, na Zona Leste, a quantidade de entulho cobriu uma pequena praça que existia na região, e parte dos resíduos cai no córrego Tiquatira. O córrego passa pelo centro da Avenida Calim Eid, em que o lixo virou obstáculo para a ciclovia.

“Você vai nos bairros da cidade, tipo Jardim Peri, e não tem condições de andar. A periferia é pior ainda. Lugar decente em São Paulo é só da Brigadeiro Luiz Antônio para lá”, afirmou o taxista Rivaldo Ferreira.

Na Zona Norte, na Vila Nova Cachoeirinha, o abandono também é visível. Em uma das ruas do bairro, um carro foi abandonado. Na Avenida Inajar De Souza, Freguesia Do Ó, além do lixo espalhado, o mato também virou um problema que ocupa calçadas e esquinas da região.

No Sacomã, na Zona Sul, a calçada da Rua Manoel Buchalla e a Avenida Almirante Delamare tiveram a calçada completamente tomada por detritos. Ainda no Sacomã, na Vila Liviero, metade da pista da Rua Tocantinia virou um depósito gigantesco de entulho em que caçambeiros despejam resíduos.

A prefeitura disse que, no ano passado, gastou R$ 1,1 bilhão nesses serviços de zeladoria, mais R$ 960 milhões com a varrição das ruas.

Um mapa feito pela prefeitura mostra regiões em que sempre ocorrem descartes irregulares, atualmente são 1.400 locais, a maioria na região Central e Zona Leste da capital.

Os pontos em vermelho no mapa representam os lugares onde mais tem lixo acumulado. Mesmo assim, só 21 pessoas foram autuadas em 2021 por despejarem entulho nas ruas.

A SPRegula, entidade responsável por gerir, fiscalizar e mediar o serviço de Limpeza Urbana na cidade informou que todos os locais citados na reportagem são atendidos por equipes de varrição e coleta de lixo.