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Chilenos escolhem independentes para reescrever Constituição

A coalizão governista de centro-direita do Chile sofreu uma derrota na noite desse domingo (16), quando foi incapaz de garantir um terço dos lugares no

Chilenos escolhem independentes para reescrever Constituição
Chilenos escolhem independentes para reescrever Constituição

Redação Publicado em 17/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h08


Coalizão governista de centro-direita do Chile sofre derrota

A coalizão governista de centro-direita do Chile sofreu uma derrota na noite desse domingo (16), quando foi incapaz de garantir um terço dos lugares no organismo que redigirá a nova Constituição do país.Chilenos escolhem independentes para reescrever ConstituiçãoChilenos escolhem independentes para reescrever Constituição

Com 90% dos votos apurados, os candidatos apoiados pela coalizão Chile Vamos, do presidente Sebastián Piñera, só haviam obtido um quinto das vagas, enquanto os independentes estavam com a maioria.

Novas propostas exigirão a aprovação de dois terços, e sem um terço dos delegados o governo terá dificuldade para impedir mudanças radicais na Constituição, a menos que consiga fazer novas alianças.

O resultado e as derrotas dos candidatos governistas em eleições municipais e estaduais realizadas ao mesmo tempo são um mau sinal para Piñera e aliados nas eleições gerais e presidenciais de novembro.

A votação para escolher 155 cidadãos para reescreverem a Constituição nasceu dos protestos intensos contra a desigualdade e o elitismo que irromperam em outubro de 2019.

Muitos chilenos consideram que a Constituição atual, redigida durante a ditadura de 1973-1990 de Augusto Pinochet, privilegia grandes negócios em detrimento dos cidadãos comuns.

Até recentemente, o governo tinha confiança de que seus candidatos conquistariam ao menos um terço dos votos.

Piñera disse que seu governo e outros partidos políticos tradicionais deveriam ouvir o recado “alto e claro” de que não responderam adequadamente às necessidades dos cidadãos.

A nova Constituinte chilena será a primeira do mundo a estabelecer um número aproximadamente igual de homens e mulheres como delegados.

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reuters

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