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Chefe da Mercedes explica silêncio de Hamilton após derrota para Verstappen

Tendo Max Verstappen como campeão após a ultrapassagem decisiva na polêmica última volta do GP de Abu Dhabi, a temporada 2021 da Fórmula 1 teve um desfecho

Chefe da Mercedes explica silêncio de Hamilton após derrota para Verstappen
Chefe da Mercedes explica silêncio de Hamilton após derrota para Verstappen

Redação Publicado em 27/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h49


Heptacampeão não aparece em suas redes desde o GP de Abu Dhabi, que encerrou temporada 2021 da F1 e coroou Verstappen como campeão; Wolff revelou que manteve contato frequente com heptacampeão

Tendo Max Verstappen como campeão após a ultrapassagem decisiva na polêmica última volta do GP de Abu Dhabi, a temporada 2021 da Fórmula 1 teve um desfecho amargo para o vice-campeão Lewis Hamilton. Chefe da Mercedes, Toto Wolff falou sobre o impacto das circunstâncias da derrota para o time e o heptacampeão, que se ausentou da internet após a prova, em 12 de dezembro.

– Estamos todos oscilando em emoções, principalmente Lewis. Ele estava com a mão no campeonato até a última volta, e aí, tudo foi tirado dele em um segundo. É claro que você perde a fé porque não consegue entender o que houve. O silêncio existe porque simplesmente não temos palavras – disse Wolff.

Lewis Hamilton após o GP de Abu Dhabi da F1 em 2021 — Foto:  Kamran Jebreili - Pool/Getty Images

Lewis Hamilton após o GP de Abu Dhabi da F1 em 2021 — Foto: Kamran Jebreili – Pool/Getty Images

Vindo para a última corrida do ano empatado em 369,5 pontos com o rival, Hamilton assumiu a liderança da prova ao ultrapassá-lo na largada e manteve-se na ponta até a volta 54, quando Nicholas Latifi acertou a barreira de proteção e acionou o carro de segurança que mudou a história da corrida.

A bandeira amarela permitiu que Verstappen trocasse seus pneus pelos macios que lhe dariam mais fôlego para brigar com o britânico da Mercedes nos giros finais. Porém, contrariando o Regulamento Esportivo da F1, apenas cinco retardatários receberam ordem da direção de prova para se realinharem no grid sob bandeira amarela, deixando o caminho dos líderes.

Além disso, o safety car retornou ao pitlane uma volta antes do que o regulamento determina. A decisão dos comissários deixou alguns pilotos confusos, e não agradou nomes como Sebastian Vettel, e Carlos Sainz, que quase perdeu o terceiro lugar na prova. Na última volta, o holandês da RBR enfim ultrapassou Hamilton sem chance de defesa do rival e garantiu a vitória e o título.

O polêmico safety car após o acidente de Nicholas Latifi decidiu o GP de Abu Dhabi — Foto: Lars Baron/Getty Images

O polêmico safety car após o acidente de Nicholas Latifi decidiu o GP de Abu Dhabi — Foto: Lars Baron/Getty Images

A Mercedes entrou com dois recursos logo após a corrida, que foram rejeitados pelos comissários. Ainda no domingo, a equipe alemã garantiu que recorreria da negativa, mas anunciou na quinta-feira seguinte que desistiu do apelo, confirmando a conquista de Verstappen e também seu próprio octacampeonato de construtores.

Desde então, Hamilton não se pronunciou e sequer apareceu na coletiva pós-corrida, quando a Mercedes foi convocada pelos comissários para justificar seus protestos.

Apesar disso, Toto Wolff garantiu que o heptacampeão esteve presente em todos os passos dados pela equipe nos dias que sucederam a corrida.

– Houve uma troca constante. Lewis estava no escritório comigo e todos os outros envolvidos, e estivemos em contato constante nos últimos dias – revelou.

Mercedes recebeu pilotos e chefe de equipe na fábrica da equipe, no Reino Unido, para celebrar campeonato de construtores — Foto: Mercedes AMG F1

Mercedes recebeu pilotos e chefe de equipe na fábrica da equipe, no Reino Unido, para celebrar campeonato de construtores — Foto: Mercedes AMG F1

Hamilton e Wolff não participaram da cerimônia de premiação da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) em Paris, na França, realizada na quinta-feira que sucedeu o GP de Abu Dhabi. Lá, a Mercedes foi representada apenas por Valtteri Bottas e James Allison, diretor técnico

De lá pra cá, porém, Hamilton não “desapareceu”; três dias depois, compareceu ao Castelo de Windsor em Londres, no Reino Unido, para ser condecorado cavalheiro da Rainha Elizabeth pelo Príncipe Charles.

Depois, participou das celebrações da Mercedes pelo octacampeonato e a despedida de Valtteri Bottas, rumo à Alfa Romeo em 2022, na sede do time em Brackey, também no Reino Unido.

– O que eu disse a ele foi que ele deveria tentar se lembrar desses momentos positivos, nos quais o trabalho de sua vida e suas conquistas foram honrados. Acho que ele fez isso – comentou Wolff.

James Allison, diretor técnico da Mercedes, representou equipe octacampeã de construtores na cerimônia da FIA — Foto: Divulgação/FIA

James Allison, diretor técnico da Mercedes, representou equipe octacampeã de construtores na cerimônia da FIA — Foto: Divulgação/FIA

O silêncio do heptacampeão e o impacto das circunstâncias do desfecho do campeonato levantaram rumores de sua aposentadoria, embora Hamilton tenha renovado o contrato com a Mercedes até 2023. Posteriormente, no entanto, o time negou que o piloto queira deixar a F1 no próximo ano.

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Globo Esporte

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