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Cedae diz que não sabe origem do detergente em estação de água

O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), Hélio Cabral, disse hoje (4) que a empresa não sabe a origem dos surfactantes

Cedae diz que não sabe origem do detergente em estação de água
Cedae diz que não sabe origem do detergente em estação de água

Redação Publicado em 05/02/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h04


Caso está sendo investigado pela Polícia Civil

O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), Hélio Cabral, disse hoje (4) que a empresa não sabe a origem dos surfactantes (detergentes) detectados ontem (3) na água bruta da Estação de Tratamento do Guandu (ETA), em Nova Iguaçu. Segundo ele, ainda não há uma conclusão sobre como o produto chegou à estação e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

O gerente de Controle de Qualidade da Água da Cedae, Sérgio Marques, disse que o problema foi pontual. De acordo com Marques, o produto não foi verificado na água tratada que é distribuída à população.

 O gerente de controle de qualidade de água da Cedae, Sergio Marques, durante coletiva de imprensa em Guandu, em Nova Iguaçu

O gerente de controle de qualidade de água da Cedae, Sergio Marques, durante coletiva de imprensa em Guandu, em Nova Iguaçu – Tomaz Silva/Agência Brasil

A Cedae retomou, por volta das 9h de hoje, a produção de água tratada na estação de tratamento. A interrupção do serviço foi anunciada no fim da tarde de ontem (3), após a companhia identificar a presença de grande volume de detergente.

Segundo o gerente da ETA Guandu, Pedro Ortolano, a parada do sistema foi feita de forma preventiva para que a população não recebesse a água com detergente. “Desde às 3h desta terça-feira, não detectamos mais os surfactantes na água”, disse.

Com a interrupção de ontem, moradores de vários bairros das zonas norte e oeste da cidade não estavam recebendo água. A Cedae informou que, por motivos de segurança operacional, o abastecimento foi retomado de forma gradativa, mas que, em alguns locais, como ruas em lugares altos, o restabelecimento completo pode levar até 72 horas.

No início da manhã desta terça-feira, técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e agentes da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados da Polícia Civil do Rio de Janeiro foram à Estação de Tratamento do Guandu para recolher amostras e avaliar a qualidade da água e a quantidade de detergentes.

De acordo com a polícia, dependendo do resultado das análises “poderá ser apurada eventual responsabilidade nas alterações das condições de consumo da água na região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro”.

ABr

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