Diário de São Paulo
Siga-nos

Campeões da Libertadores, Corinthians e Mancini iniciam busca por inédita Sul-Americana

Corinthians e Vagner Mancini têm algo em comum em disputas continentais: ambos já venceram a Libertadores, mas ainda perseguem um título de Sul-Americana,

Corinthians
Corinthians

Redação Publicado em 22/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 16h42


Veja o histórico do Timão no torneio e o do treinador corintiano em competições continentais

Corinthians e Vagner Mancini têm algo em comum em disputas continentais: ambos já venceram a Libertadores, mas ainda perseguem um título de Sul-Americana, competição em que o Timão estreia nesta noite, às 21h30 (de Brasília), diante do River Plate-PAR, no Defensores del Chaco.

O título do Timão, que tem Cássio e Fábio Santos como remanescentes, foi em 2012. O de Mancini foi há mais tempo, ainda como jogador. Em 1995, foi um dos comandados por Felipão no bicampeonato do Grêmio.

O ex-meia começou como titular, mas uma lesão o fez ficar fora das finais contra o Atlético Nacional da Colômbia. Na memória de Mancini estão jogos épicos contra o Olímpia, do Paraguai, nas oitavas de final. O Tricolor venceu no Defensores del Chaco por 3 a 0. Na volta, no Olímpico, venceu por 2 a 0.

– Foram dois jogos belíssimos. E o jogo de lá teve um peso muito grande para a nossa campanha. Aquela época ainda existia uma certa violência nos jogos de Libertadores. Quando nós chegamos ao estádio, nós sofremos muita pressão já no ônibus, mas o time teve uma reação fantástica e fez um grande jogo – destacou ao jornal Zero Hora, em 2020.

Vagner Mancini é o primeiro à esquerda na festa do Grêmio em 1995 — Foto: José/Agência RBS

Vagner Mancini é o primeiro à esquerda na festa do Grêmio em 1995 — Foto: José/Agência RBS

Como treinador, Mancini teve sua primeira experiência num jogo sul-americano com o Paulista de Jundiaí, em 2006.

Campeão da Copa do Brasil no ano anterior, o Galo encerrou a fase de grupos na lanterna do Grupo 8, somando seis pontos em seis jogos: uma vitória, três empates e duas derrotas. A vitória, porém, foi marcante: 2 a 1 diante do poderoso River Plate da Argentina, em Jundiaí.

Paulista de Jundiaí x River Plate, Libertadores da América de 2006 — Foto: Reprodução/Facebook

Paulista de Jundiaí x River Plate, Libertadores da América de 2006 — Foto: Reprodução/Facebook

Outra participação marcante de Mancini numa Libertadores foi no ano de reconstrução da Chapecoense, em 2017, no ano seguinte ao acidente aéreo que matou 71 pessoas em viagem à Colômbia para a final da Sul-Americana, contra o Atlético Nacional.

Um erro administrativo, porém, impediu a classificação da equipe para as oitavas de final. O clube perdeu os pontos da vitória por 2 a 1 contra o Lanús, da Argentina, pela escalação irregular do zagueiro Luiz Otávio, que tinha um gancho a cumprir.

Luiz Otávio tinha sido expulso na rodada anterior, mas não foi escalado pelo clube nos dois duelos da Recopa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. Pouco antes do jogo com o Lanús, o clube foi avisado pelo delegado do jogo que o jogador tinha pego um gancho de três jogos. Sem uma notificação oficial da Conmebol, o clube decidiu bancar a escalação. Venceu com gol dele. Os pontos, porém, acabaram sendo passados para o time argentino posteriormente.

Luiz Otávio pela Chapecoense em jogo contra o Lanús — Foto: AP Photo/Agustin Marcarian

Luiz Otávio pela Chapecoense em jogo contra o Lanús — Foto: AP Photo/Agustin Marcarian

História na Sul-Americana

Em Sul-Americanas, Mancini esteve duas vezes com o Vitória, mas sofreu eliminações precoces em 2009, diante do River Plate, e mais recentemente em 2017, perdendo a vaga para o Coritiba.

O Corinthians disputará sua sétima edição, torneio em que chegou no máximo à semifinal, exatamente na última participação, em 2019, quando caiu para o Independiente del Valle, do Equador.

Em seis edições, o Corinthians soma 30 partidas. São 11 vitórias, 12 empates e sete derrotas. Ao todo, o Timão fez 35 gols, contra 31 sofridos. Vagner Love, com três gols, é o artilheiro do clube no torneio. O goleiro Cássio, com 16 participações, é o jogador que mais atuou pelo Timão nesta competição.

Se for campeão, o Timão pode levar US$ 6,8 milhões no total (cerca de R$ 36 milhões).

Vagner Love em ação na partida entre Corinthians e Independiente del Valle — Foto: Daniel Augusto Jr/Ag.Corinthians

Vagner Love em ação na partida entre Corinthians e Independiente del Valle — Foto: Daniel Augusto Jr/Ag.Corinthians

Abaixo, veja ano a ano no detalhe:

  • 2003

A segunda edição do torneio teve o Cienciano do Peru como campeão. Neste ano, o Corinthians caiu ainda na fase brasileira, ao perder os dois jogos num triangular com Atlético-MG e Fluminense – o clube carioca avançou de fase.

  • 2005

No auge da parceria com a MSI, o Corinthians passou pelo Goiás na fase brasileira, eliminou o River Plate pelo critério do gol fora de casa após dois empates, mas caiu para o Pumas, do México, nas quartas de final. O Timão, que seria campeão brasileiro naquele ano, contava com nomes como Tevez, Roger, Fábio Costa e Jô. O título daquele ano acabou com o Boca Juniors.

  • 2006

O Corinthians eliminou o Vasco na fase brasileira, mas caiu nas oitavas de final, novamente contra uma equipe argentina, desta vez o Lanús. A equipe era comandada pelo técnico Émerson Leão. O Pachuca, do México, seria campeão. Um desentendimento do técnico com Carlos Alberto marcou o ano.

  • 2007

No ano em que seria rebaixado no Brasileirão, o Corinthians teve vida bem curta na Sul-Americana. Com duas derrotas, caiu para o Botafogo na fase brasileira. A queda foi com o interino José Augusto. O título foi do argentino Arsenal de Sarandí.

  • 2017

Dez anos após sua última participação, o Corinthians voltou à Sul-Americana. Num ano em que Fábio Carille conquistou um Paulistão e um Brasileirão jogando um futebol muito competitivo, o Timão passou fácil pela Universidad de Chile e pelo Patriotas, da Colômbia, mas acabou sendo eliminado nas oitavas para o Racing. As equipes empataram por 1 a 1 em Itaquera e, em Avellaneda, o 0 a 0 deu a vaga ao clube argentino. O título, porém, ficou justamente com o rival do Racing: o Independiente.

  • 2019

Parecia o ano do Corinthians. O Timão passou pelo Racing na primeira fase, nos pênaltis.Depois, deixou para trás o Deportivo Lara, da Venezuela, o Montevideo Wanderers, do Uruguai, e o Fluminense. Na semifinal, porém, levou um baile do Independiente Del Valle na Neo Química Arena, com derrota por 2 a 0. Até reagiu no Equador, empatando por 2 a 2, mas caiu. O Del Valle seria o campeão.

– Perdemos uma grande chance de ganhar, com todo respeito ao Independiente del Valle, que nos eliminou, mas tínhamos tudo para ser campeões. Não sei se vai aparecer outra oportunidade tão grande para a gente. Foi um título que perdemos para nós mesmos –disse Cássio ao ge.

.

.

.

Fonte: GE – Globo Esporte.

Compartilhe  

últimas notícias