Diário de São Paulo
Siga-nos

Campeão pelo Corinthians em 2005 admite pênalti para o Inter e conta brigas de Tevez

Um time que tinha Tevez, Roger, Jô, Nilmar, Carlos Alberto, Mascherano e que demitiu Tite. O ano de 2005 foi conturbado e vitorioso para o Corinthians. Com a

Campeão pelo Corinthians em 2005 admite pênalti para o Inter e conta brigas de Tevez
Campeão pelo Corinthians em 2005 admite pênalti para o Inter e conta brigas de Tevez

Redação Publicado em 04/07/2017, às 00h00 - Atualizado às 16h42


Um time que tinha Tevez, Roger, Jô, Nilmar, Carlos Alberto, Mascherano e que demitiu Tite. O ano de 2005 foi conturbado e vitorioso para o Corinthians. Com a parceria da MSI, encabeçada pelo iraniano Kia Joorabchian, o time paulista roubava a cena com notícias dentro e fora de campo.

Um dos personagens daquele esquadrão, o meia Dinelson revela bastidores do polêmico título brasileiro, das brigas entre Tevez e Carlos Alberto e a receita do bom futebol do time que encantou e deixou saudade em muitos corintianos.

Confira no vídeo acima a entrevista exclusiva com Dinelson

Apontado como promessa, Dinelson foi campeão pelo Corinthians da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2005 marcando dois gols na final. O jogador foi contratado junto ao Guarani no ano anterior para integrar o elenco profissional, mas como tinha idade para disputar o torneio no ano seguinte acabou descendo para o time de base. Com moral pelo título, retornou ao profissional para jogar ao lado dos craques apelidados de “galáticos”.

– Dessa época todo mundo pergunta e só querem saber das brigas, é engraçado. Hoje a gente conta com alegria por ter vivido aquele momento. Quem colocou esse nome de galáticos foi o Carlos Alberto. Engraçado que eles também eram jovens, mas a experiência deles era muito grande. Tem várias histórias legais, eu particularmente vivi um momento muito bom em 2005. Alguns dão moral dizendo que fui importante naquele título, outros falam que eu só era do elenco, mas a gente sabe da importância que teve naquele título – conta Dinelson.

Aos 31 anos, Dinelson vai atuar pelo Desportivo Brasil no segundo semestre de 2017  (Foto: Raphael Zilli/ Desportivo Brasil)

Aos 31 anos, Dinelson vai atuar pelo Desportivo Brasil no segundo semestre de 2017 (Foto: Raphael Zilli/ Desportivo Brasil)

O Corinthians teve no total quatro técnicos em 2005: Tite, Daniel Passarela, Márcio Bittencourt e Antônio Lopes. Nenhum dos treinadores parece ter conseguido domar os ferozes Tevez e Carlos Alberto, inimigos declarados. À época com 19 anos, o meia vivia no meio das inúmeras brigas entre os craques.

– Era o que mais tinha na verdade [brigas]. Era sempre os dois. O Carlinhos é uma pessoa sensacional, do bem, mas gostava de uma briguinha. Ele pegava no pé do Tevez, que era tranquilão, um cara super do bem também. Os dois eram do bem, mas não batiam. Enfim, não sei como é a relação deles hoje, mas tenho certeza que mais maduros eles devem olhar para trás e dar risada do acontecido. Aquele time tinha muita briga, mas dentro de campo era muito forte – revela o meia.

“Foi pênalti, foi pênalti. Todo mundo sabe que foi pênalti. Até quem não entende de futebol sabe que foi pênalti”, admite Dinelson.

Apesar de suspenso e impedido de entrar em campo na final antecipada contra o Internacional no Brasileirão de 2005, Dinelson tem opinião formada sobre o polêmico pênalti não assinalado pelo árbitro Márcio Resende de Feitas, em lance entre Fábio Costa e Tinga, que ainda acabou expulso por uma suposta simulação. Para o ex-jogador do Corinthians, o Internacional foi prejudicado naquela partida.

– Foi pênalti, foi pênalti. Todo mundo sabe que foi pênalti. Por mais que a gente defenda o nosso pão, a gente sabe que foi pênalti. Por mais que a gente queira esconder, brincar e falar que não é, sendo realista foi pênalti. Até quem não entende de futebol sabe que foi pênalti – admite o ex-jogador do Corinthians.

Tevez comandou título do Corinthians no Brasileirão de 2005  (Foto: Djalma Vassão / Gazeta PRess)

Tevez comandou título do Corinthians no Brasileirão de 2005 (Foto: Djalma Vassão / Gazeta PRess)

Mesmo admitindo o erro contra o Internacional, Dinelson é enfático ao afirmar que o Corinthians seria campeão brasileiro naquele ano, mesmo se tivesse saído de campo derrotado naquela partida. Na classificação final, a vantagem do Timão para o time gaúcho foi de apenas três pontos (81 contra 78).

– Acho que deu muita ênfase a isso. Nosso time não tinha o que falar, parecia que a hora que a gente queria ganhar, a gente ganhava. Carlitos e Nilmar na frente, Carlos Alberto, Roger, Rosinei voando, Hugo, eu e o Jô. O time era muito forte. Se a gente não ganha aquele jogo, acho que outros jogos a gente não perderia porque a gente estava com uma gordura muito boa. Claro que foi muito polêmico aquilo e ficou como o marco do campeonato, mas a gente tinha feito uma campanha muito boa – disse Dinelson.

Compartilhe  

últimas notícias