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Caminhoneiros protestam em frente a central de distribuição de combustíveis em Rio Preto

aminhoneiros que participam do protesto nacional da categoria bloquearam na manhã desta quinta-feira (24) o acesso e a saída de caminhões-tanque de uma base

Caminhoneiros protestam em frente a central de distribuição de combustíveis em Rio Preto
Caminhoneiros protestam em frente a central de distribuição de combustíveis em Rio Preto

Redação Publicado em 24/05/2018, às 00h00 - Atualizado às 11h26


aminhoneiros que participam do protesto nacional da categoria bloquearam na manhã desta quinta-feira (24) o acesso e a saída de caminhões-tanque de uma base de distribuição de combustíveis na Avenida Cenobelino de Barro Serra, em São José do Rio Preto (SP).

A informação foi confirmada por um gerente da unidade. Desde às 22h des quarta-feira (23), os motoristas estão impedidos de sair para distribuir combustíveis nos postos de Rio Preto e cidades da região. A greve chega ao quarto dia e causa reflexos no país. Acompanhe em tempo real.

Com faixas, 90 motoristas pedem a paralisação total dos caminhoneiros. Ainda não há informações de quantos veículos estão sendo impedidos de realizar o transporte de combustíveis. A Polícia Militar chegou ao local para acompanhar a manifestação.

Falta combustível

O protesto dos caminhoneiros está mexendo com a rotina de várias cidades do noroeste paulista. Está faltando combustível em postos nas cidades de Ariranha (SP), Olímpia (SP), Tabapuã (SP), Severínia (SP), e Mirandópolis (SP).

Os estabelecimentos que ainda têm combustíveis apresentaram longas filas a partir do fim da tarde desta quarta-feira (23). A Central de Distribuição de Combustíveis de Rio Preto é responsável pela entrega dos combustíveis para postos de Rio Preto e também de outras cidades do entorno.

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sincopetro) de São José do Rio Preto (SP), Roberto Uehara, a previsão é que o etanol seja o primeiro combustível que falte nos postos de combustíveis porque o produto sai das usinas e é encaminhado diretamente aos pontos de venda.

Ceagesp

Caminhoneiros fecharam na manhã desta quarta-feira (24) a entrada da Ceagesp em São José do Rio Preto (SP), no Distrito Industrial. A Polícia Militar foi chamada e por enquanto a manifestação é pacífica, mas nenhum caminhão entra na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo.

Segundo um fiscal do local, os produtos que estão lá dentro irão ser distribuídos. No entanto, nesta sexta-feira (25), existe o risco de estar tudo parado. Ainda segundo o fiscal, houve um aumento exorbitante nos preços. Um saco de batata que custava R$ 70 chegou a atingir R$ 200.

Caminhoneiros colocam faixa e impedem veículos de abastecer e distribuir combustíveis em São José do Rio Preto  (Foto: Arquivo Pessoal )

Caminhoneiros colocam faixa e impedem veículos de abastecer e distribuir combustíveis em São José do Rio Preto (Foto: Arquivo Pessoal )

Protestos

Os caminhoneiros estão fazendo protestos na manhã desta quinta-feira (24) em estradas da região noroeste paulista.

Na estrada vicinal Cesário José de Castilho, no trecho de Itajobi (SP), cerca de 80 caminhões estão às margens da pista. O trânsito segue normal, segundo a polícia.

Em Santa Adélia (SP), 250 motoristas estão em um posto de combustível às margens da rodovia Washington Luís fazendo manifestação pacífica.

Em Novo Horizonte (SP), caminhoneiros fizeram bloqueio na rodovia SP 304 até Borborema (SP). Os caminhoneiros bloquearam a rodovia na altura do Guarapero, um ponto conhecido pelos caminhoneiros.

Reivindicações

A principal exigência é a queda no preço do óleo diesel: segundo os representantes dos transportadores, o custo atual do óleo torna inviável o transporte de mercadorias no país.

Para reduzir o preço do diesel, as entidades querem que o governo estabeleça uma regra para os reajustes do produto – hoje, os preços flutuam de acordo com o valor do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar.

Os caminhoneiros também querem a isenção do pagamento de pedágio dos eixos que estiverem suspensos (quando o caminhão está vazio e passa a rodar com um dos eixos fora do chão) e uma política de preços mínimos para o frete, e a criação de um marco regulatório para os caminhoneiros.

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