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Cai número de plásticas no Brasil, mas país ainda é 2º no ranking, diz estudo

Em 2013, o Brasil chegou ao primeiro lugar no ranking dos países que mais faziam cirurgias plásticas no mundo. Nos últimos dois anos, porém, esse número

Cai número de plásticas no Brasil, mas país ainda é 2º no ranking, diz estudo
Cai número de plásticas no Brasil, mas país ainda é 2º no ranking, diz estudo

Redação Publicado em 27/08/2016, às 00h00 - Atualizado às 09h33



Dados são da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (Isaps).
Em 2015, Brasil registrou 1.224.300 de cirurgias, atrás somente dos EUA.


Em 2013, o Brasil chegou ao primeiro lugar no ranking dos países que mais faziam cirurgias plásticas no mundo. Nos últimos dois anos, porém, esse número entrou em queda. Segundo a mais recente pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, na sigla em inglês), o Brasil realizou 1,22 milhão de procedimentos em 2015, quase 120 mil cirurgias a menos do que em 2014.

O levantamento feito pela Isaps leva em conta dados coletados de cirurgiões plásticos de todo o mundo, a partir dos quais é feita uma projeção para estimar o número total de cirurgias plásticas feitas em cada um dos países participantes. Apesar da queda de quase 230 mil procedimentos anuais em comparação a 2013, o Brasil permanece em segundo lugar no ranking, superado apenas pelos Estados Unidos que, em 2015, registraram 1,41 milhão de cirurgias.

Infográfico - Cirurgias plásticas mais feitas no Brasil em 2015 (Foto: G1)

Segundo o médico Dênis Calazans, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a diminuição da demanda por cirurgia plástica foi claramente notada nos consultórios médicos brasileiros e um dos fatores para explicar a mudança é a crise econômica. “O Brasil atravessou nos últimos dois anos uma crise financeira sem precedentes com impacto em todas as áreas e serviços. A cirurgia plástica não foge a esse tipo de reação do mercado.”

Infográfico - Cirurgias plásticas feitas no Brasil entre 2010 e 2015 (Foto: G1)

Além disso, Calazans observa que a SBCP tem trabalhado para que a cirurgia plástica seja encarada como um procedimento médico que deve ter indicação adequada e ser feita por profissionais qualificados. “Houve uma pequena diminuição do número de procedimentos que vinham crescendo de maneira desenfreada, com cirurgias desnecessárias e indicações questionáveis.”

O Brasil atravessou uma crise financeira sem precedentes com impacto em todas as áreas e serviços. A cirurgia plástica não foge a esse tipo de reação do mercado”
Dênis Calazans, vice-presidente da SBCP

Outro fator citado pelo especialista é o fato de o levantamento internacional não representar um retrato fiel das cirurgias reparadoras, apenas das cirurgias estéticas. “No Brasil, temos observado um incremento grande das cirurgias de caráter reparador, até pela qualificação e excelência científica do país nessa área, que pode não ter sido contemplada de maneira adequada no levantamento.”

A cirurgia plástica mais popular no Brasil em 2015 foi a lipoaspiração, seguindo a tendência dos últimos anos, seguida pelo implante de silicone nas mamas e da cirurgia da pálpebra.

Em comparação aos outros países, o Brasil é campeão em cirurgias da pálbebra, redução das mamas, aumento do bumbum por implante ou por tranferência de gordura e cirurgia íntima feminina.

Infográfico - Ranking dos países que mais fizeram cirurgia plástica em 2015 (Foto: G1)
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